A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, criticou a ação da tripulação da balsa que naufragou na última semana, dizendo que a conduta do capitão e dos tripulantes foi “completamente incompreensível, inaceitável e semelhante a um assassinato". Park acrescentou que os responsáveis pelo naufrágio terão de responder "civil e criminalmente" por seus atos.
Mergulhadores continuam retirando corpos de vítimas à medida que vão ganhando acesso ao interior do navio. O saldo de mortos já chega a 64 e 238 pessoas permanecem desaparecidas, em sua maioria estudantes de uma escola perto da capital, Seul.
A embarcação carregava 476 pessoas – incluindo 339 adolescentes e professores em uma viagem escolar. Muitas ficaram presas no interior enquanto a balsa adernava.
As investigações estão agora concentradas em descobrir o que causou o acidente. Autoridades acreditam que a balsa possa ter feito uma curva acentuada antes de começar a naufragar, o que a teria desestabilizado.
Enquanto isso, a polícia liberou o acesso a centenas de mensagens enviadas por passageiros e pela tripulação, na intenção de reconstruir a cronologia dos últimos momentos antes do naufrágio. Além disso, eles tentam entender se um aviso de evacuação poderia ter salvado vidas. Testemunhas disseram que o Sewol virou bruscamente antes de começar a naufragar. Ainda não ficou claro por que o navio virou. Mais de duas horas se passaram até ele afundar completamente, mas os passageiros receberam ordens para que ficassem em suas cabines.
O capitão, Lee Joon-seok, afirmou que decidiu postergar a decisão por medo de que os passageiros pudessem ser levados pela forte correnteza. Lee, de 69 anos, não estava no comando da embarcação quando a balsa começou a adernar. O leme era conduzido por um terceiro oficial que nunca havia navegado sobre as águas em que o acidente ocorreu, informaram investigadores.
As informações são da “BBC Brasil”.