Filha de brasileira sequestrada pelo Hamas em Israel é encontrada morta

Por Arlaine Castro

Celeste Fishbein trabalhava como babá e estava em uma área rural próximo à Faixa de Gaza, quando desapareceu após a invasão do Hamas no dia 7 de outubro.

A israelense Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiras, foi encontrada morta. A informação foi confirmada pela família à GloboNews nesta terça-feira, 17. A jovem de 18 anos estava desaparecida desde o dia 7 de outubro após ser sequestrada pelo Hamas quando o grupo invadiu a fronteira de Gaza.

O sinal do celular dela foi registrado pela última vez na cidade palestina nesta semana. Quando o conflito Israel-Palestina começou, ela se encontrava em sua casa, localizada no Kibutz Be'eri, uma comunidade agrícola bem próxima da Faixa de Gaza. A jovem estava com o namorado, mas ainda não há notícias sobre o paradeiro dele.

Celeste falou com a família no dia do ataque, quando avisou que estava em segurança no mamads, abrigos que existem dentro das casas. Ela chegou a encaminhar à família uma mensagem recebida em um grupo: "Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do Exército de Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir. Protejam suas vidas."

Os familiares da jovem tiveram mais sorte. Quando as sirenes soaram, eles, que estavam na casa da avó promovendo uma cerimônia religiosa, foram para um abrigo. E a partir desse momento trocaram mensagens com ela em um grupo da família. Do abrigo, conseguiram ver várias residências sendo invadidas e destruídas

Inicialmente, Celeste, que estava em casa com o namorado, estava respondendo às mensagens do grupo. Ela, inclusive, quem deu o alerta de que os terroristas estavam disfarçados e invadindo as casas, depois de dizer que estava bem.

“Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do exército de Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir as portas. Protejam suas vidas. Compartilhem”, disse a mensagem.

A família Fishbein perdeu contato depois do início dos ataques terroristas, que obrigaram todos os moradores das comunidades rurais a se abrigar dentro de bunkers de proteção, uma espécie de abrigo antibombas.

“Celeste ficou com o namorado em Gaza. Eles deixaram de responder as mensagem de celular às 11 horas. E ninguém tem mais notícias”, contou o tio.

Família de judeus brasileiros

Celeste era de uma família de judeus brasileiros que vive em Israel. Ela era babá e trabalhava em um kibutz – pequena comunidade rural – perto da Faixa de Gaza.

A mãe e as avós da jovem, nascidas em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, viviam em outro kibutz na região de Gaza, depois de terem saído do Bom Retiro, na capital paulista, rumo ao Estado de Israel.

Fonte: Reuters e G1.