Brasileira virou rainha da "máfia do Uber" em Massachusetts

Por Arlaine Castro

Priscila Barbosa, 37, cumpriu "dois anos, seis meses e oito dias" de prisão em Massachusetts por falsificar cerca de duas mil contas da Uber, Lyft, DoorDash .

Priscila Barbosa, 37, cumpriu "dois anos, seis meses e oito dias" de prisão em Massachusetts por falsificar cerca de duas mil contas da Uber, Lyft, DoorDash e de outros aplicativos de comida, entrega e transporte.

Os perfis eram alugados para imigrantes que não poderiam trabalhar - crime cometido por vários outros brasileiros que também foram descobertos pela justiça. Priscila fazia parte de um grupo de 19 integrantes [contando com ela], que mantinham comunicação em grupo, ironicamente intitulado de "Máfia" no WhatsApp - e que faturou US$ 780 mil, mais de R$ 4 milhões, até ser desarticulado pelo FBI em 7 de maio de 2021.

De motorista ilegal com conta fake na Uber, Barbosa passou a ser a cabeça do grupo. Sua habilidade de burlar as plataformas lhe rendeu US$ 10 mil (mais de R$ 55 mil) por mês com o aluguel de contas.

"Comprava dados na dark web, é como um marketplace de dados, tem de tudo, você escolhe o que quer. Pagava de US$ 10 a US$ 25 pelos documentos, como seguro social e carteira de motorista. Criava contas e alugava por US$ 250 por semana para imigrantes", contou em entrevista ao portal UOL.

Seu tempo detida foi reduzido por bom comportamento e ela foi solta em 16 de novembro de 2023.

Ela chegou aos EUA em 2018, aos 32 snos, com um visto de turista. Por enquanto, Priscila, que hoje tem Green Card, por ter se casado com um americano (hoje estão separados), trabalha como tradutora independente e para uma empresa de construção civil e recebe cerca de US$ 1.800 por semana. Ela entrou com um pedido de asilo nos EUA.