Flórida concentra maior número de filhos de brasileiros nascidos nos EUA
Mesmo com 3,791,712 nascimentos em 2018, o crescimento da população americana está quase estagnado. As estimativas do relatório de dezembro dizem que a população da América cresceu apenas 0,6% no período entre 1° de julho de 2017 e 1° de julho de 2018. A taxa de fertilidade dos EUA caiu para o nível mais baixo de todos os tempos em 2017 - o ano mais atual para o qual os dados estão disponíveis - com 60,2 nascimentos por 1.000 mulheres entre 15 e 44 anos, de acordo com o Centro Nacional de Estatísticas da Saúde. Com os números da taxa total de fertilidade nos Estados Unidos também em queda , atingindo um recorde baixo de 1,7* nascimentos por mulher, isso significa que não nascem bebês suficientes para substituir os atuais níveis populacionais. Os Estados Unidos contam com cerca de 329,955,712 milhões de pessoas, informa o US Census Bureau. Para manter a população atual, o relatório diz que as famílias americanas precisam ter 2.100 nascimentos por 1.000 mulheres.Cerca de 500 crianças morreram na Flórida por maus tratos e negligência do Estado
Nascimentos em números
Uma pessoa nasce a cada 8 segundos e uma morte ocorre a cada 11 segundos no país, calcula o censo. No entanto, seguindo uma tendência nacional, menos mulheres estão engravidando - com destaque para a faixa etária de 15 a 40 anos. Consequentemente, o número de crianças vem diminuindo ao longo dos anos, bem diferente do período chamado "Baby Boom" que durou de 1954 a 1964 e foi quando a América excedeu mais de 4 milhões de nascimentos anualmente.Flórida é o quarto estado em número de nascimentos
Atrás somente da Califórnia, Texas, Nova York em estados com maior número de nascimentos no ano de 2018, a Flórida teve 221,542 novos bebês nascidos no estado, segundo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, que aponta a taxa geral de fertilidade (TFG) dos Estados Unidos em 2018 de 59,1 nascimentos por 1.000 mulheres entre 15 e 44 anos - uma queda de 2% a partir de 2017, quando a taxa foi de 60,3 - e uma taxa baixa recorde para a nação - de 12,13. Diferente do número total do CDC, o Departamento de Saúde da Flórida registrou 221.508 nascidos vivos em 2018, ante 223.579 em 2017 e 225.018 em 2016.Nascimento de brasileiros na Flórida
Do total de 221,542 novos bebês nascidos na Flórida em 2018, 67,201 eram de origem hispana, segundo o relatório do CDC. Incluídos nessa categoria, filhos de brasileiras nascidos na Flórida somaram 1.827 em 2018, conforme registros de nascimento emitidos pelo Consulado do Brasil em Miami. Em 2019, até a presente data, o número de registro de nascimento contabiliza 1.710 filhos de brasileiros nascidos na Flórida, informou o órgão ao Gazeta News.Área metropolitana da Flórida é a 5ª em população imigrante indocumentada dos EUA
Menos adolescentes grávidas
Entre adolescentes - a taxa de natalidade de mulheres entre 15 e 19 anos nos Estados Unidos em 2018 foi de 17,4 nascimentos por 1.000, queda de 7% em relação a 2017, quando a taxa foi de 18,8. Desde 2009, a taxa de filhos de adolescentes caiu gradativamente a cada ano. O número de nascimentos de filhos de adolescentes de 15 a 19 anos foi de 179.871 em 2018, também caiu 7% em relação a 2017, quando foi de 194.377). Na Flórida, em 2018, quase 2.500 meninas com menos de 18 anos deram à luz, segundo o Florida Health.Cada vez mais, casais decidem não ter filhos
Mudanças sociais refletem a baixa nos números de nascimentos. Muitos jovens estão adiando o casamento e iniciando famílias mais tarde e mais mulheres também estão optando por não ter filho. "Estamos claramente no meio de uma grande mudança social no que diz respeito às mulheres se casarem e escolherem ter filhos", disse à NBC News Donna Strobino, professora da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg. "Não há dúvida de que parte da explicação para isso é econômica. Atualmente, é muito caro criar filhos. E em parte é social - todas as mudanças nos papéis das mulheres", completa.
"Não tenho filhos e por motivos financeiros não teremos"
O lado financeiro é o que pesou para a paulista Thaís Jesus e o marido. Casados desde 2018, eles decidiram não ter filhos. É o que afirma a professora de idiomas de 28 anos que mora em Coral Springs e conta que os dois conversaram muito e chegaram à conclusão de que o lado financeiro pesa e se for para passar pouco tempo com os filhos, como acontece com várias famílias, preferem mesmo não ter. "Sempre foi assim, pensamos que muitos querem ter filhos, mas não têm condições financeiras para manter todos os custos da criança e quando trabalham demais para manter, as crianças são cuidadas por babysitter. Meu marido e eu não queremos isso pra nossa família", salienta a paulista. Questionada se podem mudar de opinião porque ainda são jovens, a professora diz que talvez sim. "Daqui a alguns anos pode ser, não chegamos aos 30 ainda. Nossa ideia é aos 35 ter filhos se caso nossa estabilidade econômica estiver ótima para mantermos a qualidade de vida que almejamos", finaliza. *Dados calculados pelo Wall Street, 24/7, que revisou o número de nascimentos e a taxa de nascimentos por 1.000 pessoas da série de relatórios das Estatísticas Vitais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e usando os números populacionais do US Census Bureau. Leia tambémCidades da Flórida estão entre as que mais aumentaram a população em 2016
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