
Los Angeles
- O suspenseBody at Brighton Rock
entra em cartaz em algumas salas de cinema e fica disponível nos serviços de streaming a partir do dia 26 de abril. O longa acompanha Wendy, uma voluntária guarda florestal inexperiente, que toma um rumo equivocado em sua rota enquanto mudava os avisos do caminho. Sem prestar atenção, ela sai da rota e acaba encontrando um morto no meio da floresta. Com um walkie talkie, Wendy contata seus supervisores onde recebe a ordem de ter que ficar por lá até que venham resgatá-la, mas isso só acontecerá na manhã seguinte. Interpretando Wendy está a atriz estreante Karina Fontes, filhas de brasileiros e que nasceu aqui em Los Angeles. Também estão no elenco Casey Adams, Emily Althaus, Miranda Baley, entre outros.Body at Brighton Rock
foi escrito e dirigido por Roxanne Benjamin, uma especialista em filmes de terror. Roxanne dirigiu Southbound de 2016 e curta-metragem Don’t Fall, um dos segmentos no longa XX. Ela também produziu três filmes da franquia V/H/S. Eu tive a oportunidade de conversar com Roxanne por telefone alguns dias atrás onde falamos sobre a inspiração para a história, os desafios, porquê a escolha da novata Karina Fontes e muito mais. Vamos conferir trechosJana – Qual foi a inspiração para essa filme?
Roxanne Benjamin – Todos os anos, eu visito parques nacionais. Eu trabalhei um parque deles por um tempo. Muitas pessoas que trabalharam lá são aposentadas e estudantes e, nem sempre são guardas florestais formados, são voluntários. Eu queria ver o que aconteceria se você colocasse uma dessas pessoas, sem muita experiência, em uma situação de emergência.
Jana – Você seguiu exatamente o protocolo que os guardas florestais seguem quando um cadáver é encontrado?
Roxanne – Sim! O que você vê no filme é o que acontece. Você tem que ficar ali, ao lado do corpo, até que o legista chegue e que um oficial determine a causa da morte. De verdade! Quando eles estão falando no rádio, são essas as instruções recebidas. Ela também não deve ir a lugar nenhum, não é bom se mover e tentar encontrar o caminho, já que não tem ideia de onde ela está. Então, se você se perder em uma floresta, não tente encontrar o caminho de volta.Jana – Por que a atriz Karina Fontes era a atriz certa para a interpretar Wendy?
Roxanne – Karina é modelo, mas está se especializando para ser atriz. Eu já havia trabalhado com ela em Southbound. No filme, ela era a garota que não estava lá; ela era o fantasma do outro companheiro de banda. Eu achei ela muito fotogênica. Achei que ela queria ser modelo somente. Ela só foi fazer esse papel extra porque sua amiga, uma das atrizes do filme, a chamou para interpretar esse fantasma. Eu a chamei para ler o roteiro de outro filme que eu estava fazendo que acabou não sendo realizado por falta de fundos. Gostei muito do que ela fez na leitura! Foi quando termine esse roteiro e a chamei novamente. Ela foi tão incrível como um das personagens principais. Eu fiquei impressionada. Eu ainda não sabia que ela queria atuar. Eu escrevi Wendy pensando nela, porque acho que ela tem uma vulnerabilidade. Ela é tão delicada que você não quer vê-la nessa situação.Jana – Outra coisa, eu me relacionei muito com Wendy. Mesmo ela sendo um pouco exagerada e meio atrapalhada.
Roxanne – Bacana. Cada personagem é composta de características diferentes de pessoas que a gente conhece. Eu não diria que eu tenho a ingenuidade que ela tem com a vida em pensar que tudo vai ficar bem. Mas é assim que eu queria que a personagem fosse. Superar seus próprios medos, a falta de experiência em lidar com uma situação e perceber que ela pode - apesar do que ela pensa de si mesma ou do que as outras pessoas possam pensar que ela não é capaz de lidar. Com isso, ela fica preparada para os perigos da vida real que surgerão mais tarde.Jana – Quais foram os desafios para realizar esse filme?
Roxanne – Alguns... (risos) Filmamos em Idyllwild, aqui mesmo na Califórnia, no inverno, então estava frio. Teve uma tempestade de vento que ficamos sem poder filmar por um dia e meio, porque era tudo ao ar livre. Para não perder tempo, fizemos a cena no interior da tenda dentro de um cenrtro de rececreação. A princípio, as filmagens seriam em 11 dias, mas acabou sendo reduzido para nove dias e meio. Fizemos um pouco de hiking... subindo e descendo a montanha com todos os nossos equipamentos. Além disso, tinha a luz do dia que é limitada no inverno.
Jana – Mesmo com todos esses desfios, lo longa é bem bacana e tem uma fotografia bem bonita.
Roxanne – Obrigada!Jana - Você pode falar que vem por ai? Seus projetos futuros?
Roxanne – Sim, claro. Terminei de dirigir alguns episódios de Creepshow, do serviço de streaming Shudder, ao lado de Greg Nicotero. Foi incrível! Tambem terminei de escrever o roteiro do Night of the Comet. E estou à procura de mais projetos.