O secretário interino do DHS - Homeland Security Department (Departamento de Segurança Interna), Chad Wolf, solicitou um estudo interno sobre como as recentes leis estaduais que permitem a emissão de carteira de motorista a indocumentados podem interferir no trabalho de fiscalização da agência. É o caso do estado de New York, que afirmou que não deve compartilhar dados dos imigrantes com o ICE ou o CBP.
Leis semelhantes existem em uma dúzia de outros estados, incluindo Nova Jersey, que aprovou a lei em dezembro.
O memorando de Wolf foi enviado às agências U.S. Customs and Border Protection (Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA) e TSA - Transportation Security Administration (Administração de Segurança em Transporte), segundo relato da Associated Press.
O memorando destaca que as agências precisam estar "preparadas para lidar e combater os impactos (na fiscalização)” à medida que protegem as fronteiras.
O diretor interino também pediu a cada agência que levasse em conta as informações do DMV (Departamento de Veículos Motorizados) já disponíveis, e quaisquer consequências causadas na segurança interna.
"O governo Trump leva a missão de proteger a Pátria muito a sério", disse a porta-voz do DHS, Heather Swift, à AP, acrescentando que esses tipos de leis "facilitam a obtenção de documentos fraudulentos por terroristas e criminosos".
Aproximadamente 265.000 imigrantes, a maioria na cidade de Nova York, devem obter driver’s license (carteira de motorista) sob a nova lei nos próximos três anos, de acordo com a AP. Os números são baseados em pesquisas do Instituto de Política Fiscal.
A lei aprovada no estado de New York exige que os candidatos obtenham passem em testes práticos e por escrito, antes de obter a carteira. As autoridades argumentam que a emissão do documento contribuei para melhorar a segurança nas estradas, reduzindo o número de pessoas sem seguro nas ruas.