Após 11 anos da passagem de Wilma e Katrina, dois grandes furacões que devastaram a Flórida - somente o Katrina causou 1.836 mortes diretas e um prejuízo de $2 bilhões de dólares ao estado -, moradores voltaram a viver o medo com a vinda do Furacão Matthew.
Até a noite do dia 5, o furacão já havia causado mais de 20 mortes em sua passagem pela América Central. A previsão é que chegue à Flórida na madrugada de quinta, 6, para sexta-feira, 7, trazendo fortes ventos e chuvas pesadas.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões, Matthew, que passou pelas Bahamas no dia 5 em categoria 3, deve atingir a Flórida em categoria 4, com ventos de 130 mph (aprox. 210kmh), devendo ter impacto maior principalmente sobre Palm Beach County, que determinou a evacuação de pelo menos 150 mil pessoas na noite do dia 5.
Às vésperas da chegada do furacão, o governador Rick Scott demostrou a preocupação de que as pessoas não levassem a sério a gravidade da situação.
No entanto, diante da emissão de alerta de furacão e tempestade tropical para partes das Flórida, foi comum ver moradores reforçando as janelas e portas de suas casas e estabelecimentos comerciais. Postos de combustíveis registraram filas e supermercados ficaram com várias seções, como de enlatados, pães e água, vazios.
O mineiro George Soares mora em Deerfield e está na Flórida há 17 anos. Como já teve outras experiências com furacões, afirma que está preocupado, mas sem exagero. “Troquei as janelas e portas pelas reforçadas para furacão há duas semanas, assim que começaram os avisos. Tenho família e não posso arriscar”, disse, relembrando o que viveu durante a passagem do Furacão Andrews, em 1992, com o qual a intensidade de Matthew tem sido comparada. “Durante o Andrews, o medo foi maior, pois na época o lugar que eu morava não era muito seguro”, conta.
Já a carioca Sílvia Regina se mostra mais apreeensiva. A brasileira mora em Hollywood, área com grande risco de alagamentos. Além disso, ela nunca viveu uma experiência com furacão. “É muito estressante isso tudo. As informações mudam a todo momento devido à rota que ele faz e, por mais precauções e informações que você tenha, não é 100% confiável”, relata. “Meu marido é americano e conta que, o Katrina não tinha previsão de passar no sul da Flórida, somente no norte, porém a região sul com toda força. É uma incógnita. Não vamos sair de casa apesar de estarmos na área amarela de evacuação voluntária. Sairemos caso a equipe de emergência passe pedindo pra sair. Reforçamos as janelas e portas, e compramos água, mantimentos em lata, baterias extras para rádio, lanterna e celular”, conta.
Estabelecimentos fechados
As repartições públicas, parques públicos, praias e cortes estarão fechadas nos dias 6 e 7 nos condados de Miami-Dade, Broward County e Palm Beach County. As aulas também estão suspensas em todos os condados do sul da Flórida e só devem retornar na terça-feira, dia 11, já que segunda-feira é o feriado Colombus Day. O aeroporto de Fort Lauderdale/Hollywood ficará fechado a partir da manhã de quinta-feira, 6.O Consulado-Geral estará fechado para atendimento geral ao público até o dia 10. Durante a passagem do furacão Matthew, para casos de comprovada emergência, inclusive localização de brasileiros, estão disponíveis os seguintes números: 305-801.6201 / 305-285.6208 / 305-285.6258.
Emergência
Para obter maiores informações durante uma emergência (como vias fechadas, alertas de evacuação, abrigos disponíveis etc.), contate 800-342-3557.Para solicitar auxílio durante uma emergência (polícia, bombeiros, médicos), ligue 911.
Informações sobre abrigos e evacuações podem ligar no número 954-713-3100. O telefone para informações sobre serviços de assistência é 311.
Para informações sobre a passagem do Furacão Matthew, acesse www. GazetaNews.com.
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