Bárbara Poma, proprietária da boate Pulse, em Orlando, disse nesta segunda-feira, dia 5, que não pretende vender a boate à cidade de Orlando.
Recentemente, a equipe do prefeito Dyer revelou que a prefeitura tinha negociado um preço de $ 2.25 milhões de dólares pela compra do local, onde 49 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um tiroteio em massa 12 de junho.
O objetivo divulgado pela prefeitura era finalmente construir um memorial permanente no local.
Em uma declaração divulgada por seu advogado, a proprietária disse que decidiu "que ela não pode simplesmente deixar o imóvel, porque ele significa muito para a minha família e para a nossa comunidade", disse.
Poma pretende criar um memorial. “Será um espaço para todos, um santuário de esperança e uma área de acolhida para lembrar todos os afetados pela tragédia".
"Pretendo fazer isso diretamente com o envolvimento das comunidades afetadas por essa tragédia. As famílias das vítimas e qualquer indivíduo ou organização do setor privado ou público que desejar prestar assistência.Devemos fazer isso juntos como uma comunidade", explicou.
Heather Fagan, vice-chefe de pessoal de Dyer, reconheceu a decisão de Poma em um comunicado.
"Entendemos que esta foi uma decisão incrivelmente difícil para os proprietários", revela o comunicado da cidade."Nós respeitamos sua decisão e esperamos que a boate Pulse continue sendo um lugar de esperança e homenagem às vítimas".
A decisão de Poma vem quase um mês depois que a administração de Dyer revelou seus planos para comprar o imóvel de 4.500 m², na South Orange Avenue e West Esther Street.
A Câmara Municipal havia marcado para votar a compra em 14 de novembro, mas Dyer o postergou depois que algumas pessoas da comissão recusaram o preço de compra proposto, que excedeu o valor avaliado do clube.
A equipe da cidade avaliou a propriedade em $ 1,65 mi, valor do imóvel antes dos assassinatos.Dyer descreveu o preço mais alto como resultado das negociações entre Poma e a prefeitura.
A boate foi aberta em 2004 pela atual proprietária, que a nomeou como Pulse em homenagem a seu irmão John, que morreu de AIDS em 1991.
Pulse era um marco local na comunidade gay, muitas vezes o primeiro bar que um jovem gay ou lésbico visitaria em Orlando.
Fonte: Orlando Sentinel.
