Uma intensa onda de calor é registrada atualmente em vários países europeus, enquanto governos e agricultores se dispõem a enfrentar a seca neste verão, principalmente na Espanha, França, e Portugal, dois anos depois de uma onda de calor que deixou 30 mil mortos na Europa.
As chuvas ocorridas na Espanha nos primeiros meses do ano foram as mais fracas das últimas seis décadas, e as reservas de água estão a 55,7% de sua capacidade. Um plano de ajuda emergencial de 750 milhões de euros entrou em vigor nesta terça-feira, com o objetivo de auxiliar agricultores, criadores e apicultores que já acumulam perdas de 20% a 30% em sua produção.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia espanhol, "o período de julho a setembro terá temperaturas de 1 a 2 graus mais altas que o normal", o que indica que este verão será mais quente na Espanha, onde já são registradas temperaturas de quase 40°C no centro e sul.
Na França, três departamentos contam com um dispositivo de alerta para combater o calor. Portugal, que também vive uma temporada de altas temperaturas, registra a pior seca dos últimos 60 anos. Autoridades dizem temer que, neste ano, a colheita de cereais seja a menor das últimas décadas, com uma queda do rendimento de 70%.
Itália
Na Itália, onde o calor também é forte, autoridades da região da Lombardia lançaram um alerta de seca, já que o Pó, grande rio do norte do país, está em um nível muito baixo para o mês de junho. As associações de agricultores afirmaram na semana passada que, se não houver grandes chuvas, a água da bacia natural irá durar apenas até meados de julho.
A seca também cria problemas na Bélgica, onde a temperatura ultrapassou ontem os 30°C no centro e sul do país, segundo o Instituto Real Meteorológico.
A onda de calor começa a causar dificuldades no sudoeste da Alemanha, com temperaturas superiores a 30°C. A situação também é preocupante no sudeste da Inglaterra, onde os reservatórios de água estão com apenas 60% de sua capacidade normal.
