Projetado para homenagear o movimento sindical e o ex-presidente Lula, o Museu do Trabalhador, em São Bernardo do Campo (SP), tem a sua construção cercada de suspeitas de irregularidades.
Com o prazo de conclusão estourado em mais de dois anos, a obra - bancada com 80% de recursos da União - está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (MP) e ainda deve custar 30% acima do previsto. Paralisada há seis meses, a construção atualmente é um esqueleto de concreto num terreno tomado por mato e entulho, em frente à sede da prefeitura. Além das investigações, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou irregular a licitação.
Pelo convênio, firmado em 2010 pelo prefeito Luiz Marinho (PT), amigo de Lula, o museu receberia R$ 14,4 milhões do governo federal e contaria com mais R$ 3,6 milhões da prefeitura, com orçamento total de R$ 18 milhões. Porém, em abril de 2014, Marinho pediu e conseguiu mais R$ 600 mil da União, com R$ 200 mil da prefeitura de contrapartida. Quatro meses depois, o prefeito pediu ao ministério mais R$ 3,6 milhões e se comprometeu a destinar R$ 900 mil do cofre da cidade. Se o aditivo for aprovado, o custo total do museu chegará a R$ 23,4 milhões. Fonte: “O Globo”.
