Um americano acusado de ser um dos maiores autores do mundo de e-mails indesejados - os chamados spams - concordou em pagar US$ 7 milhões (cerca de R$ 16,2 milhões) à empresa de informática Microsoft.
Scott Richter, que é dono de uma empresa de marketing na Internet, a OptInRealBig.com, resolveu pagar o montante para arquivar um processo legal aberto pela Microsoft.
A companhia considerou a decisão do empresário uma vitória em sua luta contra os spams que invadem seus programas.
Segundo a Microsoft, a empresa de Richter chegava a enviar pelo menos 250 milhões de spams por dia.
Um dos advogados da Microsoft, Brad Smith, disse à agência de notícias Associated Press que o resultado da disputa envia uma mensagem poderosa a outros spammers: "As pessoas criam spams para ganhar dinheiro. Nós provamos que nós podemos pegar um dos spammers mais rentáveis do mundo e separá-lo de seu dinheiro".
Menos spams
O porta-voz da Microsoft, Lou Gellos, afirmou que uma organização independente já notou uma queda significativa na quantidade de spams depois que Richter declarou a falência de sua empresa este ano. No entanto, depois do acordo com a Microsoft, Richter conseguiu que a OptInRealBig.com continue funcionando.
"Ele vai continuar com o que chama de empresa de marketing por e-mail, mas agora ele vai ter de seguir a lei, o que significa que os e-mails ilegais, que nós estimamos ser entre 75 e 80% de todos os e-mails, vão diminuir significativamente", afirmou Gellos.
As autoridades americanas vão monitorar a empresa de Richter durante três anos para assegurar que ele não irá mais enviar spams.
A decisão vem um ano depois de quatro dos maiores provedores de serviço de Internet - entre eles a Microsoft - terem aberto processos contra centenas de empresas suspeitas de estar entre as piores no envio de e-mails ilegais nos Estados Unidos.
Uma lei que entrou em vigor recentemente nos Estados Unidos declara ilegais algumas táticas utilizadas por anunciantes na Internet para espalhar e-mails indesejados, como o uso de assuntos enganosos e de endereços de resposta falsos.