Líderes religiosos se encontraram em Roma para condenar a cantora Madonna por uma “crucificação” simulada em seu novo show.
Durante parte do show, Madonna de 47 anos surge presa em uma cruz gigante e usando uma coroa de espinhos.
O padre Manfredo Leone, da igreja Santa Maria Liberatrice, de Roma, disse à agência de notícia Reuters que a performance de Madonna era “desrespeitosa, de mau gosto e provocativa”.
Líderes muçulmanos e judaicos também se uniram para criticar a cantora, que se apresentou em Roma antes de seis shows no Wembley Arena, de Londres, na turnê de lançamento do álbum “Confessions of a dance floor”.
A cantora norte-americana também foi criticada durante a parte de sua turnê nos EUA, onde sua atitude foi classificada como sendo “de uma insensibilidade gritante”.
Em sua defesa, Madonna diz que se tratava de parte de um apelo à audiência para ajudar entidades assistenciais que ajudam doentes com Aids.
“Ser erguida numa cruz com uma coroa de espinhos é um absurdo”, disse o padre Leone. “Fazer isso no berço do cristianismo beira à blasfêmia”.
Mario Scialoja, chefe da Liga Muçulmana da Itália, disse à Reuters que Madonna deveria “ir para casa”, num sentimento ecoado pela comunidade judaica de Roma.
Não é a primeira vez que a cantora se envolve com controvérsia.
Em 1989, no vídeo da música “Like a prayer”, Jesus Cristo interpretado por um ator negro e cruzes queimando causaram polêmica, bem como uma simulação de masturbação que Madonna fazia no palco, durante a turnê de 1993.