A reaproximação diplomática entre os Estados Unidos e Cuba está coincidindo com um aumento no influxo de imigrantes cubanos no país, mostram estatísticas. Enquanto isso, legisladores voltam a falar avidamente em acabar com a lei que facilita a entrada desses imigrantes no país.
Legisladores acreditam que imigrantes estão acelerando sua vinda aos EUA com medo de mudanças nas leis atuais.
Documentos do US Customs and Border Protection mostram que o número de cubanos entrando no país aumenta a cada trimestre desde o início da reaproximação diplomática. Antes do anúncio, em dezembro de 2014, 5.770 cubanos chegaram ao país ilegalmente. Nos últimos três meses de 2015, esse número chegou a 14.114.
Um total de 44.159 cubanos chegou aos EUA no ano fiscal de 2015, comparado a 26.280 no ano fiscal de 2014. E nos primeiros cinco meses do ano fiscal de 2016, 27.644 chegaram. Se continuar nesse ritmo, até o fim do ano serão 66 mil novos cubanos chegando aos EUA, estimam as autoridades.
O republicano Blake Farenthold, representante do Texas, está trabalhando com outros republicanos para acabar com a lei de décadas que dá aos imigrantes cubanos um tratamento favorável quando chegam aos EUA. Ele disse que essa política precisa ser atualizada.
“Com a restauração das relações diplomáticas entre EUA e Cuba, o tratamento preferencial dado a cubanos não faz mais sentido”, disse.
No Cuban Adjustment Act de 1966, cubanos podem entrar nos EUA. Depois de um ano no país, eles podem pedir o Green Card ou residência permanente legal.
No entanto, eles precisam expressar medo de voltar a Cuba e podem entrar apenas se eles chegarem por terra e se não tiverem antecedentes criminais.
O governo federal parou de dar esse benefício a cubanos chegando por mar depois que um grande número chegou aos EUA no ano de 1980, dos quais muitos tinham histórico de doença mental e crimes.
Também não existe um limite para o número de cubanos que podem ser recebidos pelos EUA anualmente.
Farenthold e mais um representante do Texas, o democrata Henry Cuellar, propuseram na semana passada uma legislação que iria acabar com esse tipo de tratamento preferencial sob a lei, chamada Correcting Unfair Benefits for Aliens, ou CUBA Act.
Eles relembram que a lei é injusta com outros imigrantes que também tentam chegar ao país fugindo da violência.
Mesmo assim, a administração Obama não tem planos de acabar com a lei.
Cubanos começaram a fugir do país nos anos 1960 para escapar do regime de comunista da ilha. O êxodo recente é mais para fugir da pobreza e falta de oportunidades. Legisladores já tentaram no passado acabar com a lei. Fonte: Fox News.
