Juanita Castro, a irmã de Fidel que vive no exílio em Miami desde os anos 1960, disse à imprensa local no sábado, dia 26, que não irá ao funeral do líder cubano, em Havana, embora lamente sua morte. "Diante dos rumores pouco saudáveis de que me dirigia para Cuba para os funerais, quero esclarecer que, em nenhum momento, voltarei para a Ilha, nem tenho planos de fazê-lo", declarou Juanita ao jornal "El Nuevo Herald".
Juanita, nascida em 1933, é a única dos sete irmãos a criticar publicamente o rumo comunista tomado pela Revolução Cubana.
Fidel Castro morreu na madrugada de sexta-feira, 25, aos 90 anos, uma notícia que fez os cubanos exilados em Miami saírem às ruas em comemoração. "Não me regozijo da morte de nenhum ser humano, muito menos posso fazê-lo com alguém com meu sangue e meus sobrenomes", disse Juanita ao Herald.
Ela se exilou em Miami, em 1964, de onde denunciou publicamente o governo dos irmãos e colaborou com a CIA sob o nome-código de "Donna" nos planos para derrubá-lo, como ela mesma confessou depois.
Juanita Castro acrescentou que se exilou, assim como "todos os cubanos que saíram para encontrar um espaço onde lutar pela liberdade de seu país" e que, para isso, teve de pagar "um alto preço de dor e isolamento".
Fonte: BBC.