Os dois candidatos à presidência dos EUA travaram um encontro tenso no primeiro de três debates televisionados antes das eleições de 8 de novembro. Este primeiro foi realizado na Universidade Hofstra, em Hempstead, Nova York.
Autor de várias declarações polêmicas ao longo da campanha e tido como imprevisível, Trump manteve o tom desafiador e interrompeu várias falas de Hillary, a quem disse faltar "energia" para ser presidente.
Líder nas pesquisas, Hillary alternou momentos debochados - quando ria de afirmações de Trump e tratava as críticas do candidato como descabidas - com questionamentos mais incisivos sobre o preparo do oponente e seu histórico de posições controversas.
Trump insistiu na crítica aos acordos comerciais que os EUA mantêm com outros países, especialmente o Nafta, com Canadá e México.
Hillary defende aumentar os impostos sobre os mais ricos e políticas que favoreçam a classe média, como facilitar o pagamento de dívidas estudantis. Ela também propõe investir em energias renováveis para estimular a economia e tornar os EUA a "superpotência em energia limpa do século 21".
Trump criticou Hillary por divulgar na internet seu plano para derrotar o autointitulado Estado Islâmico (também chamado de Isis ou Daesh), grupo que controla partes da Síria e do Iraque e tem promovido ou inspirado atentados em vários países do mundo. Segundo o empresário, ela está "contando ao inimigo tudo o que quer fazer".
De acordo com pesquisa realizada pela CNN com eleitores registrados logo após o debate, apenas 27% dos 521 entrevistados apontaram Trump, e a candidata democrata, Hillary Clinton, obteve 62% de preferência.
Trump e Hillary voltarão a debater nos próximos dias 9 e 19 de outubro, em Saint Louis (Missouri) e Las Vegas (Nevada).
Fonte: Reuters e BBC