Juliana Leite disse que não sabia que médico pediu ajuda ao Senador para agilizar seu pedido de visto para os Estados Unidos.
Semanas depois de ter seu nome relacionado em um escândalo envolvendo um senador dos Estados Unidos e um oftalmologista que está preso, acusado de fraude no sistema de saúde, a ex-Big Brother Brasil, Juliana Leite, se manifestou.
Juliana é testemunha do escândalo de corrupção envolvendo o senador americano Robert Menendez, de New Jersey.Entre as várias acusações contra o senador, está a de que ele usou o poder do cargo para facilitar a emissão de vistos de entrada nos EUA para quatro mulheres. Duas dominicanas, uma ucraniana e a brasileira Juliana Leite. Todas elas têm no currículo a profissão de modelo. Mas Juliana é, hoje, advogada e corretora de imóveis em Miami.
No processo da Justiça, consta uma troca de e-mails, onde uma assistente do senador pede ao departamento de estado americano para facilitar o visto de estudante de Juliana. O processo aponta que Menendez usou sua posição para agilizar o processo de visto a pedido de Salomon Melgen, que é financiador da sua campanha política e com quem Juliana teve um relacionamento amoroso.
De acordo com o “Fantástico”, Juliana admite que teve um caso com o médico Melgen antes de participar do BBB em 2004. Na época, ela tinha 23 anos e estava vivendo nos EUA. Melgen tinha 48 anos. “A gente ficou junto entre três e quatro meses, naquela época. E aí, eu voltei para o Brasil para poder fazer a entrevista para o ‘Big Brother’”, relata Juliana Leite.
Ela conta que depois do BBB, se formou em direito no Brasil, e que em 2008 recebeu uma ligação do médico. No telefonema, ele teria proposto que ela fizesse uma especialização nos EUA. Foi aí que ela decidiu voltar, depois de viver um período de fama no Brasil como consequência de ficar em terceiro lugar no BBB-4, do qual recebeu R$500 mil, ganhou um carro, fez vários trabalhos publicitários e chegou a posar nua em revistas masculinas.
Juliana, então, entrou com o pedido de visto de estudante. Segundo ela, seu pedido de visto estava “extremamente dentro dos parâmetros da faculdade”, e não foi avisada pelo médico que ele havia pedido ajuda ao senador.
Juliana também confirmou que o médico pagou a metade do valor de sua faculdade em Miami, através de sua fundação destinada a pessoas que não podem custear os estudos. A outra metade quem pagou foi Juliana. “Isso (o fato de ele usar a fundação para pagar a faculdade) é o que já está sendo discutido no processo que ele está sendo acusado agora. Mas, até então, se ele estava me propondo trabalhar para ele, e me ofereceu para custear metade dos meus estudos, eu achei, ‘tudo bem’. Eu aceitei e fui estudar”.
Ela disse ainda que, quando retornou a Miami, voltou a se relacionar com o médico, entre 2007 e 2008. “Mas, eventualmente, eu fiquei sabendo que ele era casado. Eu terminei e falei que o nosso relacionamento, a partir de então, tinha que ser profissional. E ficou uma amizade”. Juliana foi procurada pela polícia americana para explicar o seu envolvimento no caso. “Eles queriam saber sobre alguns contratos que ele está envolvido. Por causa de algumas viagens que fiz, eles estavam com algum receio de que eu tivesse, de alguma forma, escondendo o dinheiro dele. Eu fui a Hong Kong visitar um cliente e fui questionada se estava escondendo dinheiro para ele”.
“E eu fui envolvida em uma coisa sem nem saber. Por isso que eu resolvi me manifestar para clarificar isso. E realmente eu não preciso me preocupar. Ele é que tem que estar se preocupando, porque ele está preso”, disse a ex-BBB. Fonte: G1/Fantástico.
