Alvo de 15 inquéritos administrativos na Comissão de Valores Mobiliários e duas ações penais na Justiça do Rio, o empresário Eike Batista afirmou que tem esperanças de recuperar seu patrimônio — que ele estima hoje ser, líquido, de $1 bilhão de dólares negativo.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, Eike, que já ocupou o posto de oitava fortuna do mundo e foi aspirante ao posto de mais rico do planeta, promete voltar com tudo: “I’ll be back!”.
Eike diz que está arrependido de ter investido em petróleo depois de duas décadas garimpando ouro e minério de ferro, e por não ter vendido fatias dos seus blocos de petróleo quando ainda se fazia a pesquisa do risco de exploração — “um erro estratégico enorme”.
Ele comentou ainda que, quando seu império começou a ruir, sofreu uma “debandada de executivos”. “No fundo, o responsável sou eu. A culpa é minha se chamei o cara errado. Foi um erro financiar tudo via mercado de capitais”.
Ele recebe atualmente $5 milhões de dólares por ano do Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, seu sócio desde 2012, que ficou com os principais negócios. “Teoricamente, estou no zero”, diz o empresário, afirmando que “só vou aparecer quando tiver os projetos prontos”, garante.
