Dois homens condenados por assassinato foram executados na quinta-feira, o primeiro no Texas e o segundo na Virgínia, com injeções letais, três meses depois de a legalidade desse método ter sido ratificada pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
Carlton Akee Turner, de 29 anos, foi declarado morto às 18h16 locais no Texas, pouco depois de ter recebido uma injeção de um coquetel letal.
Turner, um americano com ascendência africana e indígena, foi condenado por matar seus pais adotivos, esconder seus corpos na garagem da casa onde moravam e, depois, usar seus cartões bancários.
Seus advogados tentaram, sem sucesso, denunciar a discriminação, já que o tribunal encarregado do veredicto era formado, em sua totalidade, por jurados brancos, enquanto que todos os candidatos negros foram rejeitados pelo juiz que dirigiu o processo.
A família do casal assassinado pediu clemência para Turner, que garantiu ter agido em legítima defesa com seu pai, cujas surras brutais teriam-no levado várias vezes para o hospital.
Já Kent Jermaine Jackson, de 27 anos, morreu às 21h18 locais (22h18 desta sexta-feira em Brasília), indicaram funcionários da prisão de Virgínia.
Jackson foi condenado pela morte de Beulah Mae Kaiser, encontrada pela polícia em seu apartamento em abril de 2000, com múltiplos ferimentos de faca no pescoço e na cabeça, com o crânio fraturado, vários dentes quebrados e outras contusões.
Após uma investigação de 16 meses, a polícia solucionou o caso quando o DNA de uma guimba de cigarro serviu para que a testemunha do crime fosse encontrada, o que ajudou a apontar Jackson como o assassino.
Jackson foi preso em 2001 e condenado à pena de morte em 2002. Seu cúmplice foi condenado a 135 anos de prisão.
Jackson foi o prisioneiro número 101 a ser executado na Virgínia desde que foi instaurada a pena de morte em 1976 e o décimo segundo a receber a pena capital desde que a Suprema Corte ratificou a constitucionalidade da injeção letal em abril deste ano. Turner foi o décimo primeiro.
