Após 6 meses de audiências sobre a guarda do menino Joseph, de 5 anos, a mãe, Cíntia Pereira, vivenciou o primeiro encontro ao ar livre com o filho nesta quinta, 20.
Na última audiência, realizada no dia 14 de outubro, a justiça determinou que os encontros entre mãe e filho (que até então aconteciam somente três vezes por semana durante três horas e supervisionado em uma clínica) podem agora acontecer em qualquer lugar e por mais tempo, inclusive aos finais de semana. Em entrevista ao GAZETA nesta quinta, 20, Cíntia disse que agora tem o direito de pegar o filho após a escola três dias na semana e passar o dia com ele, devolvendo-o à noite para o pai. A cada 15 dias, podem passar o final de semana juntos. “Posso pegá-lo às 8:30am e preciso entregá-lo às 8:30pm, no sábado e no domingo. Ainda não foi permitido que ele passe a noite comigo e todos esses encontros ainda acontecerão sob supervisão”, explica. Após ter o primeiro encontro com o filho fora da clínica, ela desabafou: “Nós dois estamos muito felizes. É como se tívessemos saído de uma prisão. Foi tão bom poder abraçá-lo em um lugar aberto e com sol”. Em sua página na internet, a brasileira agradeceu o apoio que tem recebido desde o início. “Cada coisa simples que fizemos teve um valor extraordinário, tudo isso graças a cada um de vocês que acreditou em mim e em minha luta. Sem o amor de vocês, eu não teria conseguido chegar até aqui. Agora tenho ainda mais força para ir até o fim. Meu agradecimento especial à você que fez o possível para adaptar sua rotina corrida a mim ao meu filho Joseph JJ." Como parte do processo, a justiça também determinou que, tanto a criança quanto os pais façam terapia. Cíntia e o pai de Joseph, Gary Heaton, terão que fazer aulas sobre educação e criação do filho. Questionada sobre a duração dessas aulas e quando irá começar, ela afirma que não tem prazo definido e que irá começar na próxima semana. “Foi determinado que temos que fazer aulas sobre como ser bons pais e isso pode durar de 3 a 6 meses, quem determinará o tempo e quantas aulas será a psicóloga “diz Cíntia. No final do mês de setembro, o juiz da corte da cidade de Provo, em Utah, declarou que o país de jurisdição do caso JJ é o Brasil – conforme consta na Convenção de Haia em casos de disputa de guarda internacional – e a partir de então, o processo está sendo julgado juntamente com a justiça brasileira. Saiba mais informações sobre o caso aqui.