A Câmara dos Representantes dos EUA votou, no dia 23, em um projeto de lei que barra verbas para cidades que não colaboram com autoridades federais em relação aos imigrantes indocumentados, desencadeando protestos da Casa Branca e dos advogados de imigração.
O projeto de lei, aprovado por uma votação de 241-179, foi em grande parte uma resposta republicana ao recente assassinato de uma mulher em San Francisco, alegadamente por um imigrante indocumentado.
São Francisco é uma das cidades chamadas de “santuário de imigrantes”, onde a polícia não verifica rotineiramente o status de imigração de seus prisioneiros nem compartilha informações com as autoridades federais, que agiriam para deportá-los.
Republicanos dizem que tais comunicações iriam prevenir a morte de Kathryn Steinle, de 32 anos, que foi baleada por Juan Francisco Lopez-Sanchez, um imigrante indocumentado e criminoso condenado que foi deportado para o México cinco vezes.
As cidades do santuário, que incluem Nova York, dizem que é preciso gerar confiança entre a polícia e os imigrantes, que de outra forma podem ter medo de denunciar crimes. A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama irá vetar o projeto de lei, alegando que isso apoiaria a polícia a verificar o status de imigração “de qualquer pessoa em qualquer momento por qualquer motivo”.
Dezenas de grupos de defesa, incluindo a American Civil Liberties Union, assinaram uma carta pedindo a legisladores para rejeitar o projeto de lei. Fonte: Reuters.
