Jorge Amauri Domingues Nascimento, de 52 anos, estava vivendo no Texas desde 1991, ano em que ocorreu o crime.
Um pernambucano acusado pela morte de menino de 13 anos em 1991 foi deportado e entregues às autoridades brasileiras.
O ex-policial Jorge Amauri Domingues Nascimento, de 52 anos, tinha um mandado de prisão emitido em outubro de 2013. A deportação foi conduzida por funcionários com US Immigration and Customs Enforcement (ICE) e o Enforcement and Removal Operations (ERO), em Dallas. O brasileiro partiu em um voo comercial do Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth sob escolta do ICE no dia 4. Ele chegou a São Paulo no dia seguinte e foi levado para um presídio em Recife, onde está à disposição do Tribunal do Júri de Pernambuco.
De acordo com o inquérito, Jorge Amauri tem um longo histórico criminal no Brasil como membro de uma organização criminosa organizada e responderia também por roubo e formação de quadrilha naquela época. O assassinato aconteceu em 29 de maio de 1991. Ele e sua namorada estavam andando na cidade de Recife (PE) aproximadamente às 9:30pm, na ponte da Imperatriz, em Boa Vista, quando foram abordados por um menino de 13 anos. O menino, João Batista da Silva, teria tentado roubar o relógio da namorada. Com base em relatórios, Jorge Amauri perseguiu o menino, o alcançou, bateu nele e o jogou da ponte, no rio Capibaribe. O menino se afogou e o casal fugiu.
Outra versão do crime não afirma que se tratava de uma tentativa de assalto. O menino estaria cheirando cola, Jorge Amauria se aproximou, tomou-lhe o recipiente de cola e o arremessou no rio. O tribunal brasileiro em Recife emitiu um mandado de prisão para Jorge Amauri por homicídio agravado no dia 13 de outubro de 2013. A Interpol emitiu um alerta vermelho para a prisão dele no dia 15 de novembro de 2013 e ele foi encontrado no Texas, onde tem dois filhos e é casado. Segundo a Polícia Federal, ele não tem naturalização americana, o que tornou possível a sua deportação. O pernambucano entrou os EUA em 1991. Ele teve ordem de deportação em junho de 1994 emitida por um juiz federal de imigração em Dallas, no Texas. Ele foi duas vezes condenado por delitos em Dallas, em 2004, e em Fort Worth, no Texas, em 2008.
Outro lado
A PF não informou se o acusado já possui advogado, mas disse que, em conversa informal com os agentes, alegou que era inocente e que teria como provar que não estava no local na hora em que aconteceu a morte do menor.
Sobre a fuga, ele negou que tenha deixado o Brasil por conta do mandado de prisão e assegurou que, quando foi para os EUA, viajou a passeio e que não tinha conhecimento da prisão.
Deportações Desde 1º de outubro de 2009, ERO removeu mais de 720 fugitivos estrangeiros dos Estados Unidos que estavam sendo procurados em seus países de origem por crimes graves, incluindo sequestro, estupro e assassinato. O ERO trabalha com o escritório do ICE de Assuntos Internacionais, repartições consulares estrangeiras nos Estados Unidos e a Interpol para identificar os fugitivos estrangeiros ilegalmente presentes no país. No ano fiscal de 2014, ERO removeu 315.943 indivíduos dos Estados Unidos. Além de criminosos condenados, as prioridades da agência incluem aqueles apreendidos durante a tentativa de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, quem entra ilegalmente mais uma vez depois de deportado, e fugitivos da imigração. No ano fiscal de 2014, 98% das remoções do ICE estavam dentro dessas prioridades. Fonte: ICE e UOL.
