Começou o principal campeonato do “País do Futebol”. O mundo deveria estar de olho no Brasil. Ali, na fábrica de craques de quem já ganhou 5 vezes a Copa do Mundo - a única seleção que conseguiu isso na história. O Brasileirão tinha tudo para ser um espetáculo. Não é!
Juro que eu tento encontrar pontos positivos no futebol jogado no Brasil, mas fica cada vez mais difícil. A violência das torcidas já é um problema crônico. Então, não vou considerar. Mas não dá para defender um campeonato no qual, na primeira rodada, tem 6 dos 20 times entrando em campo com os jogadores reservas. Ou seja, nem quem está disputando o torneio, o leva tão a sério. Por que? Porque tem que poupar suas estrelas para jogos importantes e decisivos da Libertadores e Copa do Brasil.
Pode, sim, ser um problema de calendário. Eu, particularmente, acho que é um problema de respeito. Sem contar que, outra opinião pessoal, o “mata-mata” é muito mais legal do que “pontos corridos”.
“Mata-mata” não é tão justo? E desde quando o futebol tem que ser justo? Muitas vezes, é essa falta de lógica que dá ainda mais graça ao jogo. Volto a falar da falta de respeito. Não vejo o Barcelona jogando o Campeonato Espanhol com o time reserva. Nem o Juventus tirar seus craques de campo no Campeonato Italiano. Alguém imagina o Bayern sem seus craques no Alemão, o PSG na França? A impressão que eu tenho é que nesses países os clubes levam mais a sério seus compromissos. Respeitam os patrocinadores, respeitam os torcedores. Tem que respeitar, porque são cobrados. Tem direitos, mas tem deveres. Cumprem isso.
No Brasil, não consigo entender o motivo, mas parece que não existem os deveres. Nunca. Vocês viram só o que aconteceu no estádio do Palmeiras? Cobriram o nome com uma faixa. Isso mesmo, não podia aparecer o nome do patrocinador do estádio. A empresa que pagou milhões de reais para ter o seu nome ali, não teria. Alguém imagina isso nos Estados Unidos? Algo como, “vendo os direitos do meu estádio, mas ‘esqueço’ de avisar que isso não vale para o campeonato mais importante do país”. Parece brincadeira e, muitas vezes, paro de tentar entender. Se isso vai acabar? Tomara, porque se não acabar a bagunça, acabará o futebol.
Avaliações da Semana
BOLÃO
Júlio César
O ex-goleiro da Seleção Brasileira, atuando pelo Benfica, de Portugal, ficou 16 jogos sem levar gols e bateu o seu recorde pessoal. Gosto do Júlio César. Acho que ele vai ficar marcado pelo fracasso das últimas Copas, mas não merecia isso pelo que joga.BOLACHA
Suplentes
A Seleção Brasileira tem uma lista de “suplentes” que conta com nomes como os de Kaká, Gil e Damião. Ou seja, se alguém machucar, trocaremos o seis pelo meia dúzia.BOLINHA
Tom Brady
O marido da modelo brasileira Gisele Bundchen foi suspenso por 4 jogos pelo escândalo da bola murcha no Super Bowl. Se realmente teve culpa no caso, saiu barato pra ele.