A polícia de Jacksonville localizou o paradeiro de um recém-nascido raptado de um hospital da cidade no dia 10 de julho de 1998. KamiyahMobley (nome da criança na época), tem hoje 18 anos e foi encontrada morando em Walterboro, na Carolina do Sul, após anos de investigação.
De acordo com o Escritório do Xerife de Jacksonville, Gloria Williams, 51 anos, foi presa, acusada pelo sequestro e será extraditada para Jacksonville para responder pelas acusações.
Exames de DNA e datas de nascimento similares foram as chaves para a confirmação da suspeita, segundo o xerife de Jacksonville, Mike Williams.
Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, 13, autoridades locais, estaduais e federais. informaram a descoberta.
O xerife Williams disse que a vítima começou a ter suspeitas sobre a mãe há alguns meses, mas cresceu acreditando que a mulher que a sequestrou era sua mãe biológica.
A família de Kamiyah ainda vive em Jacksonville e ficou feliz ao saber que ela foi encontrada viva. As autoridades não divulgaram o nome atual da vítima nem sua imagem para preservá-la.
O sequestro
Em 1998, a busca pelo bebê tornou-se uma história nacional. Imagens da sequestradora, descrita na época como tendo entre 25 e 47 anos, vestida como enfermeira, foram capturadas pelo vídeo de vigilância do hospital, mas ela nunca havia sido encontrada.
Apesar do longo prazo, a polícia nunca parou de investigar. "Este é um caso como não temos visto neste país em um longo tempo. Mesmo quando um caso é considerado frio, estamos sempre à procura de novas informações, uma dica ou um avanço na tecnologia, é isso que procuramos, justiça para as nossas vítimas, não importa quanto tempo demore", disse o xerife Williams.
Segundo relatos, na época, a mãe tinha acabado de completar 16 anos e uma mulher apresentou-se como um membro da família Mobley para o hospital e como uma médica para a mãe, para ter acesso ao bebê.O pai estava preso por uma acusação de agressão e por manter relações sexuais com menor.
Após o sequestro, a mãe processou o hospital e recebeu um acordo de $1,5 milhão de dólares, e, com o passar dos anos, teve mais três filhos.
Com o ocorrido, o University Medical Center, que hoje é o UF Health Jacksonville Medical Center, intensificou a segurança no hospital, limitando o acesso à maternidade, incluindo pulseiras e tornozeleiras para os recém-nascidos, e realizando treinos para evitar raptos de bebês.
Outros hospitais de Jacksonville e em todo o país também aumentaram a segurança em suas maternidades.
Com informações do Local 10.
