O Governo aprovou o futuro embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, informou hoje a Chancelaria brasileira.
Patriota, de 52 anos e atual subsecretário-geral político do Itamaraty, ainda terá que ser sabatinado na comissão de Relações Exteriores e no Senado, e aprovado em ambas as instâncias, antes de assumir o novo cargo, indicou a fonte em comunicado.
O possível futuro embaixador, que é considerado um homem de confiança do chanceler brasileiro Celso Amorim, substituirá Roberto Abdenur, de 64 anos e que encerrará sua carreira diplomática após haver sido destituído do cargo em novembro.
Patriota tem relações próximas com Amorim desde a década de 90, quando o atual ministro era chefe da delegação do Brasil na ONU em Nova York e ele subordinado do chefe do setor político.
Ambos voltaram a trabalhar juntos depois na delegação do Brasil em Genebra, onde Patriota adquiriu experiência em negociações multilaterais de comércio.
O futuro embaixador brasileiro nos EUA terá a missão de defender a permanência do Brasil no sistema de preferências tarifárias, pelo qual os Estados Unidos concedem benefícios a numerosos produtos brasileiros exportados para o país e que Washington analisa a possibilidade de cancelar.
A troca de embaixador do Brasil nos EUA ocorre quando, segundo versões jornalísticas, o Governo Lula pretende melhorar suas relações com Washington, após haver privilegiado nos últimos anos as nações em desenvolvimento.