O poderoso furacão Wilma ganhou força este domingo e acelerou sua marcha à Flórida, depois de deixar um rastro de destruição e enchentes nos famosos balneários turísticos do Caribe mexicano. Pelo menos sete pessoas morreram.
A população da costa da Flórida se prepara, agora, para receber Wilma, que poderá recuperar sua força e chegar à categoria 3 na escala de 1 a 5 da Saffir-Simpson. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos informou neste domingo que o olho do furacão desloca-se sobre as quentes águas do Golfo do México com uma velocidade de 22 quilômetros por hora e ventos máximos de 165 quilômetros por hora.
Os primeiros efeitos de Wilma serão sentidos na noite deste domingo em Cayos e na Península da Flórida. Segundo estimativas oficiais, o número de pessoas que evacuaram a região da Flórida chega a 80 mil.
As escolas da Flórida suspenderam as aulas nesta segunda-feira e muitas empresas dispensaram seus funcionários. De acordo com internautas, em alguns supermercados faltam garrafões de água e os postos de gasolina tiveram filas durante todo o domingo. Muitos se preparam para o pior estocando alimentos e água em casa.
O alerta também serve para Havana e o ocidente de Cuba. Espera-se que o furacão passe nessas áreas nas próximas 24 horas. Uma intensa chuva atingiu a capital cubana este domingo e a província de Pinar do Rio, onde seis pessoas ficaram feridas. Cerca de meio milhão de pessoas evacuaram as zonas mais sensíveis do ciclone.
Os resorts do Caribe Mexicano estavam alagados neste domingo, depois da passagem do furacão Wilma. Os fortes ventos e as chuvas torrenciais deixaram famosas cidades à beira-mar inundadas e milhares de turistas mal-humorados buscavam uma maneira de sair depois de três dias na escuridão, em abrigos asfixiantes sem luz e água corrente.
Casas, hotéis e lojas foram destruídos ao longo de toda a "Riviera Maya", que atrai milhares de turistas para suas praias de areias brancas, mar de corais e para as ruínas maias. Os hotéis de luxo de Cancún estão sem água desde sexta-feira, desde que o mar invadiu a ilha.
- Parece uma zona de guerra - disse um turista britânico ao caminhar pelas ruas alagadas, com torres de eletricidade e árvores caídas pelas ruas.
Ela era apenas um dos 300 turistas que procuraram abrigo em um teatro de Cancún e se aventuraram a sair pela primeira vez neste domingo para procurar um telefone e fazer contato com os familiares.
O exército mexicano está preparado para enviar caminhões e aviões com comida, água, kits de medicamentos e material de construção para a costa e para a ilha de Cozumel, um resort que enfrentou o olho do furacão.
Quatro pessoas morreram na ilha e outras três no continente. O presidente Vincent Fox deve sobrevoar a área atingida ainda neste domingo.
Wilma, um dos mais fortes furacões a atingirem o Atlântico, passou vagarosamente pela Península de Yucatán antes de atingir o Golfo do México rumo à Flórida.