Estudo da USP confirma celulares como fonte de propagação de bactérias em UTI´s
Ao todo, foram comercializadas 659 mil peças "ilegais" no mercado brasileiro entre abril e junho de 2019, contra 96 mil nos mesmos meses de 2018. A consultoria não cita marcas em específico, mas segundo apurou o Estado, Xiaomi e Huawei estão por trás desse crescimento indesejado - as duas empresas começaram a vender seus aparelhos no Brasil em maio. Já o mercado oficial de smartphones somou 12,1 milhões de peças vendidas no 2º trimestre, crescimento de 6,2%, segundo os números da consultoria. A presença de aparelhos chineses no mercado cinza não é exatamente uma novidade. No começo da década passada, celulares de origem duvidosa e marcas 'estranhas' incomodavam o mercado oficial. A baixa qualidade, porém, rendeu má fama e uma troca natural por marcas conhecidas no mercado oficial. Agora, a situação é diferente. Ao chegar oficialmente ao Brasil, Xiaomi e Huawei colocaram seus produtos em uma vitrine para um público maior, que pôde atestar a qualidade dos produtos e buscar opções mais baratas no mercado alternativo. "O consumidor brasileiro é bastante sensível a preço, de maneira que se há uma opção mais em conta, ele vai atrás dela", diz Renato Meireles, analista da IDC no País. Segundo ele, o preço médio dos aparelhos comercializados no mercado cinza fica entre R$ 700 e R$ 800. Já o mercado oficial é mais "caro", com valor médio por aparelho de R$ 1.252 no 2º tri - alta de 9% na comparação com o mesmo período de 2018.Mais 15 estados recebem aviso de bloqueio de celulares piratas pela Anatel
Em alguns casos, o valor de um aparelho oficial pode ser suficiente para comprar dois celulares ilegalmente. É o caso do Redmi Note 7, da Xiaomi, que sai por R$ 1,3 mil na loja oficial da empresa, mas pode ser encontrado em sites de comércio eletrônico e no varejo popular por até R$ 650. A situação é ainda mais grave no caso do smartphone premium da marca, o Mi 9, que tem preço oficial de R$ 2,5 mil e chega a custar R$ 1,1 mil no varejo "alternativo". Nessa situação, nem mesmo as vantagens que algumas marcas vendem em sua presença oficial por aqui - como garantias contra defeitos e acesso à redes de assistência técnica - fazem diferença. "Com essa diferença de preço, se o aparelho ilegal estragar, muitos usuários vão lá e simplesmente compram outro. Não é todo mundo que liga para assistência técnica", diz Meireles.