O Presidente Donald Trump vem a Miami para um encontro cooperativo de combate ao narcotráfico no Caribe e América do Sul. De acordo com a Casa Branca, a visita ocorrerá no U.S. Southern Command, em Doral, nessa sexta-feira, dia 10.
Segundo o comunicado oficial, a viagem tem por objetivo "ressaltar os esforços incansáveis do Presidente em fazer a máquina pública trabalhar em conjunto no combate ao tráfico de drogas no nosso país”.
Em abril, o Presidente anunciou métodos mais avançados de combate ao tráfico de drogas no Caribe e outros países da região da América Central. “Estamos lançando equipamentos da marinha, navios de combate, aviões e helicópteros, dobrando nossa capacidade na região”, disse Trump em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
As operações resultaram em uma volumosa apreensão de drogas, totalizando mais de $1 bilhão de dólares em apreensões. “Com tanta gente em lockdown por tanto tempo, estamos com um aumento de overdose de drogas. Então estamos cortando o fornecimento antes mesmo que a droga chegue aqui”, disse a Conselheira da Casa Branca, Kellyanne Conway, em uma entrevista coletiva.
Comunidade venezuelana
Mas a visita a Doral, lar da maior comunidade venezuelana nos Estados Unidos, também é um aceno claro para sua política para a comunidade latina. Afinal de contas, no anúncio da operação militar, também foi divulgado o corte de fundos para Nicolás Maduro. O ditador venezuelano e vários aliados próximos foram indiciados pelo Departamento de Justiça por tráfico de drogas em março. Autoridades americanas acreditam que um grupo de autoridades venezuelanas são parte do Cartel de los Soles, grupo que tem usado o Caribe e América Central para exportar drogas produzidas na Venezuela. Outro ponto é que a visita vem em uma época que Trump recentemente admitiu que está aberto a conversar com Maduro. Isso irritou muitos venezuelanos, o que obrigou o presidente a detalhar que a conversa seria apenas para combinar como ele sairia do poder em Caracas. O Presidente precisa melhorar seus números na Flórida, onde os hispânicos representam quase 20% dos eleitores, mas, até o momento, nenhum evento de campanha está agendado para o período da visita. Com informações do Miami Herald.