O presidente Donald Trump confirmou na quarta-feira, 6, o reconhecimento de Jerusalém, a partir de agora, como capital de Israel, uma medida que já aumentou a tensão no Oriente Médio e reduziu as possibilidades de um processo de paz entre israelenses e palestinos. Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado.
O Hamas, movimento islâmico com atuação política e um braço armado, convocou nesta quinta-feira, 7, uma nova intifada um dia depois do anúncio de Trump. A intifada é o termo utilizado para fazer referência à revolta palestina contra a política de expansão do governo de Israel.Apesar de apelos por parte de líderes árabes e europeus, e de advertências que a decisão poderia desencadear uma onda de protestos e violência, Trump declarou que adota agora uma nova abordagem sobre a região. O status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.
Atualmente, a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, justamente pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém.
Oito países, Bolívia, Egito, França, Itália, Senegal, Suécia, Reino Unido e Uruguai, pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU depois que os Estados Unidos anunciaram o reconhecimento de Jerusalém como a capital deIsraele a transferência para lá de sua embaixada - atualmente instalada em Tel Aviv. A presidência japonesa do Conselho informou que a reunião será realizada na manhã da próxima sexta-feira, 8.
Com informações de Agências internacionais.