Um informativo em vídeo criado para a internet pelo presidente Donald Trump denominado“Notícias da semana” destaca as realizações do seu governo por meio de "notícias verdadeiras" - como o presidente prefere dizer ao criticar as supostas “notícias falsas” que a mídia tradicional publica sobre a sua administração.
Batizada pela imprensa americana de Trump TV, o primeiro vídeo foi lançado no final de julho, apresentado pela nora do presidente, Lara Trump, esposa de Eric Trump, executivo das Organizações Trump, onde a equipe fez questão de esclarecer que o objetivo do programa é mostrar as realizações do governo Trump que muitas vezes são trocadas pelas “fakes news”. O programa faz um resumo de mais de um minuto das "notícias verdadeiras" dos últimos dias, principalmente nas áreas econômica e migratória.
No último domingo, 6, o vídeoteve sua segunda edição. Desta vez, apresentado por Kayleigh McEnany, jornalista que até no sábado aparecia na rede de TV americana CNN, onde mantinha uma postura de aberto apoio a Trump e à sua Presidência.
A segunda transmissão foi realizada da Trump Tower, em Nova York, e divulgada pela página pessoal do presidente no Facebook. De cara provocou polêmica na classe política e nos meios de comunicação do país; muitos consideraram que se trata de propaganda no estilo de governos autoritários.
Para a imprensa americana, a transmissão de domingo pareceu menos um noticiário e mais uma "propaganda real" ou uma "televisão estatal", como citou o jornal americanoWashington Post.
As críticas vão desde à seleção das notícias - que destacam o trabalho do presidente, geralmente com dados fora de contexto ou não verificados - ao cenário de onde as apresentadoras realizaram a transmissão.
A iniciativa foi celebrada pelos apoiadores de Trump e sua equipe de governo, por considerar que o boletim representa uma alternativa aos veículos que fazem frequentes críticas ao republicano.
Desde sua chegada ao poder, Trump tem elevado o tom das críticas à maior parte dos meios de comunicação americanos, acusando-os de "caça às bruxas" e de difundir "notícias falsas" sobre seu governo.
Com informações da BBC News.
