O presidente Donald Trump ordenou na última sexta-feira, 27, que Ford e GM passem a produzir respiradores artificiais imediatamente, como ajuda para o combate à pandemia do coronavírus. Os casos confirmados somavam 116.505, as mortes 1,993 e os casos de pessoas recuperadas somavam 3,229 nesta tarde de sábado, 28, segundo dados da Universidade Jonhs Hopkins.
Trump assina pacote histórico de US$ 2 trilhões de combate ao coronavírus
Trump deu a ordem em uma rede social, dizendo que “a General Motors deve abrir imediatamente sua unidade 'estupidamente' abandonada de Lordstown, em Ohio, ou alguma outra” para começar a fazer os equipamentos, e que a Ford também deve iniciar a produção dos respiradores rapidamente. "Como sempre, as coisas como 'esta' General Motors nunca parecem dar certo. Eles disseram que nos dariam 40 mil respiradores muito necessários 'rapidamente'. Agora, eles estão dizendo que haverá apenas 6 mil no final de abril e que querem um dólar alto. É sempre uma bagunça com Mary B.", disse Trump referindo-se à presidente da GM, Mary Barra.EUA são o novo epicentro global de coronavírus
Logo após as publicações, ele acionou o Ato de Produção de Defesa. A lei permite, entre outros, que o presidente exija que empresas aceitem contratos para materiais e serviços essenciais, e forneça incentivos para a produção e o fornecimento de materiais críticos. Resposta das montadorasGM
Depois das críticas e ameaças de Trump, a GM anunciou que irá produzir, a partir do início de abril, respiradores em sua unidade de Kokomo, no estado de Indiana. Em nota, a empresa disse que fará o trabalho junto com a Ventec Life Systems, que, além de uma parceira, é especializada na produção de respiradores. "Estamos prontas para entregar os primeiros ventiladores no próximo mês e aumentar a capacidade de fabricação de mais de 10 mil ventiladores para cuidados intensivos por mês, com a infraestrutura e a capacidade de expandir ainda mais." Cerca de 1 mil trabalhadores serão responsáveis pela produção dos respiradores. A fábrica de Kokomo é usada, em condições normais, para a fabricação de componentes elétricos para os veículos GM. "Em todos os fabricantes, existe um pedido em espera global de ventiladores para cuidados intensivos capazes de apoiar pacientes que combatem o COVID-19", disseram a GM e Ventec em comunicado. A empresa ainda informou que vai converter temporariamente sua fábrica em Warren, Michigan, para produzir máscaras cirúrgicas. A produção começará já na próxima semana, com capacidade de até 50 mil máscaras por dia. Caso seja necessário, a GM disse que poderá fazer até 100 mil peças por dia.Ford
Logo após o anúncio da GM, a Ford também respondeu a Trump com garantias de que era difícil ajudar a resolver a escassez de equipamentos médicos, mas que está se esforçando para fornecer com rapidez e segurança o equipamento de vital importância para pacientes, socorristas e profissionais de saúde", afirmou em comunicado. "Começamos a fornecer dezenas de milhares de protetores faciais produzidos pela Ford para hospitais e agências policiais, incluindo o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD). Temos equipes trabalhando com a GE Healthcare para aumentar a produção de ventiladores simplificados e com a 3M. aumentar a produção de respiradores purificadores de ar ", afirmou. Com informações da Reuters.No Brasil, GM vai arrumar respiradores
No Brasil, segundo informou o G1, a Chevrolet vai adaptar parte de duas instalações para consertar respiradores, aparelhos importantes nos casos mais graves de pacientes com a Covid-19. A iniciativa foi tomada em conjunto com o Ministério da Economia, o Senai e a Associação Brasileira de Engenharia Clínica, e também deve envolver outras fabricantes, que ainda não tiveram os nomes informados.