O presidente Donald Trump demitiu nesta terça-feira, 10, o conselheiro nacional de segurança, John Bolton. Ele foi o terceiro a ocupar o cargo durante a presidência de Trump, e assumiu o posto em março do ano passado.
Sob "discordâncias fundamentais" em como lidar com políticas externas em relação ao Irã, Coreia do Norte e Afeganistão, Trump reclama há muito tempo, em particular, que Bolton estava disposto a levar os Estados Unidos a outra guerra, segundo o jornal The New York Times.
Do outro lado, as tentativas de Trump de buscar aberturas diplomáticas com inimigos dos EUA, como o Irã e a Coreia do Norte, desagradam funcionários como Bolton - que não confiava nos dois países.
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Trump anunciou a demissão de Bolton no Twitter: "Eu informei a John Bolton ontem à noite que os serviços dele não são mais necessários na Casa Branca. Eu discordei veementemente com muitas das sugestões dele, assim como outros [o fizeram] na administração, e, assim... eu pedi a John sua carta de demissão, que me foi entregue nesta manhã. Eu agradeço muito a John pelo seu trabalho. Irei nomear um novo Conselheiro de Segurança Nacional na semana que vem", escreveu o presidente americano. A tensão entre os dois foi agravada nos últimos meses pelas decisões de Trump de suspender um ataque aéreo ao Irã - planejado em retaliação à derrubada de um drone americano - e de se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, na Zona Desmilitarizada, além de atravessar a fronteira entre as duas Coreias. Em novembro de 2018, Bolton visitou o Brasil e se reuniu com Jair Bolsonaro. Ele foi o primeiro emissário do governo Trump a visitar o então presidente eleito.....I asked John for his resignation, which was given to me this morning. I thank John very much for his service. I will be naming a new National Security Advisor next week.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 10 de setembro de 2019

