Em mais uma de suas polêmicas questões, o presidente Donald Trump afirmou nesta quarta-feira, 25, que irá pedir uma investigação sobre uma suposta fraude na eleição presidencial de novembro.
O presidente afirma que a liderança de Hillary no voto popular se deve a pessoas que foram duas vezes às urnas, ao apoio de imigrantes ilegais e até de mortos.
A afirmação não tem respaldo em evidências e é rejeitada até por membros do Partido Republicano.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, confirmou que o presidente acredita que houve fraude, mas não entregará evidências sobre estas afirmações.
"O comentário que fez foi que entre três e cinco milhões de pessoas votaram de forma ilegal, segundo estudos aos quais teve acesso", declarou o porta-voz. Spicer disse que apesar das afirmações, Trump confia no resultado das eleições.
Segundo ele, o republicano obteve "estudos e evidências" entregues por certas "pessoas" que revelam que 14% dos eleitores na votação de novembro "não eram cidadãos" americanos etambém citou um relatório do instituto Pew de 2012 que concluiu que mais de "1,8 milhão de falecidos ainda figuram como eleitores.
Em sua conta no twitter, Trump escreveu que solicitará “uma grande investigação sobre fraude eleitoral, incluindo aqueles registrados para votar em dois estados, os eleitores ilegais e até os registrados para votar que estavam mortos (e muitos há muito tempo)". "Dependendo dos resultados, fortaleceremos nossos procedimentos de votação", acrescentou.
Todos os 50 estados americanos e o Distrito de Columbia finalizaram suas contagens, sem relatos de fraudes nas dimensões alegadas pelo republicano.
Nos últimos dias, Trump afirmou que houve até 5 milhões de votos ilegais na eleição de novembro, o que teria feito a democrata Hillary Clinton vencer no voto popular. A vitória dela não se refletiu no colégio eleitoral, que determina o vencedor do pleito. Trump ganhou no colégio eleitoral por 304 a 232. Nas urnas, Hillary teve 2,8 milhões de votos a mais que o rival.
Membros do Partido Republicano, como o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, rejeitaram a denúncia. A Casa Branca também não forneceu evidências que respaldem a denúncia.
Se a denúncia de Trump for verdadeira, essa seria a maior fraude eleitoral da história dos Estados Unidos.
Com informações do The Washington Post.
