Já em cartaz o novo filme de ação da TriStar Pictures, Baby Driver. O longa que promete ser a sensação do verão foi escrito e dirigido pelo diretor inglês Edgar Wright, que vem acumulando filmes de sucesso no decorrer dos anos. Desde o programa da televisão britânica Spaced, passando pela ‘trilogia Cornetto’ (Shaun of The Dead de 2004, Hot Fuzz de 2007 e The Wolrd’s End de 2013) e Scott Pilgrim vs. The World de 2010. Quase esqueci de mencionar o irreverente trailer Don’t dentro do filme Grindhouse, de 2007, idealizado pelos diretores Quentin Tarantino e Robert Rodriguez. Agora, ele traz o fenomemal Baby Driver. Sexy, estiloso, atores talentosos e trilha sonora de matar.
Baby Driver acompanha a história de Baby, um jovem que é forçado a trabalhar como motorista de fuga para um chefe do crime da elite que rouba bancos. O filme é baseado no videoclipe Blue Song,da banda inglesa Mint Royale, que o diretor Edgar Wright dirigiu em 2003. Nos primeiros minutos do filme, você percebe a similaridade com o videoclipe. Durante a entrevista de mesa redonda aqui em Los Angeles, Edgar disse: “a vantagem de fazer videosclipes de música e que me ajudou nos filmes é que você experimenta. Especialmente hoje em dia, quando os orçamentos de videosclipes são bem baixos. Você os faz para experimentar. Alguns dos videosclipes que fiz há quinze anos foram para testar técnicas que usei no Shaun of the Dead, por exemplo. Também fiz um em 2003 para a banda Mint Royale, que usei a ideia agora em Baby Driver”.
No filme, Baby sofre de um caso de zumbido e acaba usando a música para afogar o barulho, ideia que o diretor não tinha desde o início. “Na verdade,
não tive a ideia desde início, mas tinha certeza de que o motorista de fuga deveria ouvir a música correta para poder digirir da melhor maneira”, acrescentou.
Um dos desafios que o talentoso diretor teve foi transcrever sua visão para uma folha de papel: “é uma habilidade interessante ter que escrever um filme de ação emocionante em forma de roteiro. É uma parte do processo que não tem influência no resultado final, mas você tem que vender esse tom para o estúdio e atores. Uma das razões pelas quais conseguimos esse elenco é porque todos responderam ao roteiro e todos entenderam o tipo de filme em que a ação e a música estavam juntas”.
Outro desafio que Edgar teve foraM as cenas de perseguição de carros, e disse: “filmar as perseguições de carros não é coisa fácil, especialmente durante o dia nas principais rodovias de Atlanta, uma cidade movimentada. Foi maluco!”.
O ator Ansel Elgort interpreta Baby, a personagem principal do longa. Se o ator certo não tivesse sido escolhido, Baby Driver não daria certo.
“Escolhi Ansel porque ele foi o único ator que tinha todas as caracterítiscas que Baby precisava, além da familiaridade com a música e o entendimento do que eu queria para o filme”, disse entusiasmado Edgar. Antes de ser escolhido para o papel, Ansel nunca tinha feito acrobacias com carros. “Eu tive que fazer alguns cursos de condução com Jeremy Fry, nosso motorista dublê. Queria ficar confortável atrás do volante, estando ou não dirigindo. Se eu estivesse dirigindo, eu poderia fazer algumas das acrobacias... fiz apenas algumas. Além disso, aprendi um sotaque diferente, linguagem de sinais, parkour e como coreografar tudo isso de uma só vez. Fiquei feliz por ter aprendido tudo isso”.
Quanto ao figurino de cada personagem, Edgar escolheu uma cor específica para cada um. Ele contou com a ajuda da figurinista Courtney Hoffman para obter o look perfeito, inesquecível e icônico de cada um e refletir seus traços de personalidades: “as personagens vestem uma determinada cor e ficam com ela como uma maneira de rastreá-los durante todo o filme. Filmamos em Atlanta e mostramos somente a parte cinza e de concreto da
cidade. Somente no final que você vê uma Atlanta de árvores e montanhas. Por estar tudo cinza, as cores realmente são sobressaem. Foi intencional! Baby veste preto e cinza porque ele está nesta área cinzenta. Ele usa uma camiseta branca, mas perceba, a camiseta fica mais escura enquanto a história vai acontecendo. Jamie está de vermelho, Jon está de azul, Eiza de rosa e roxo, Kevin usa marrom e verde. Trabalhamos basante nesse aspecto das perosnagens”.
Além de trabalhar nas cores, Edgar escreveu um roteiro com uma fascinante dualidade na dinâmica de relacionamento dessas personagens, onde Buddy e Darling representam um louco amor, e Baby e Debora, um amor mias inocente. Eiza Gonzalez, que interpreta Darlking, uma das ladras, disse: “é bem específico como o dia e noite. Buddy e Darling têm um relacionamento tumultuado, codependente, escuro. Do outro lado, vemos o amor puro, a inocência, aquela ansiedade inicial. As duas relações são compatíveis e andam juntas”.
Também na mesa redonda, o ator Jon Hamm, que interpreta Buddy, diz: “não é por acaso que todos os relacionamentos tem as iniciais com Bs e Ds - Buddy e Darling, Baby e Debora, Bats e Doc... e BD = Baby Driver. Isso também é proposital. Edgar é bem cuidadoso nos detalhes e faz com que esses temas funcionem de alguma forma”.
A música tem um parte bem importante em todo o filme. Podemos dizer que é uma personagem! Cada segundo, cada corte, cada cena é feita no ritmo de uma trilha sonora escolhida a dedo por Edgar, que escreveu as cenas para essa trilha sonora. Na entrevista, Edgar foi questionado sobre as difuldades de conseguir licenças para cada faixa e respondeu: “Na verdade, eu não me envolvi muito com isso. Tivemos um profissional surpreendente
que tirou as licenças. Eu terminei o roteiro em 2011 e mantive as mesmas músicas, acho que substitui umas cinco. Beck não sabia que iria usar a música Debra até o momento que comentei com ele. Eu também escrevi uma carta para Paul Simon, já que o nome do filme era o mesmo que uma de suas músicas.O que foi mais difícil e trabalhoso foram as licenças das músicas eletrônicas, os dance tracks, que muitos deles não têm licenças feitas.
Também estão no elenco o experiente e talentoso Kevin Spacey, no papel de Doc, o chefão, Jamie Foxx e Lily James. Vale muito a pena assistir! #BabyDriver #OneKillerTrack