Em pequenos comboios de veículos, russos partiram de dois refúgios rurais de férias nos arredores de Washington e da cidade de Nova York sem grande alarde nesta sexta-feira, 30, depois da ordem para que se retirassem dada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse que os locais eram associados com espionagem.
Os russos receberam o prazo de até o meio-dia desta sexta-feira para desocupar as propriedades em Centreville, Maryland, e em Upper Brookville, em Long Island, no Estado de Nova York.
Por volta do início da tarde, caminhões, ônibus e carros pretos com placas diplomáticas haviam partido.
“As áreas foram desocupadas e estão sob o controle do governo”, disse Elliot Conway, prefeito de Upper Brookville, à imprensa um pouco depois do meio-dia, quando um total de seis veículos haviam deixado a instalação russa no local.
Obama ordenou ontem, 29, o fechamento dos locais dizendo que eram “usados por pessoal russo para propósitos relacionados com inteligência”.
Essa foi parte da sua resposta, que também incluiu a expulsão de 35 russos suspeitos de espionagem, para o que autoridades norte-americanas chamaram de uma interferência hacker de Moscou na campanha eleitoral norte-americana de 2016. O Kremlin nega as acusações.
Os fechamentos fazem lembrar os velhos tempos de tensão entre os EUA e a antiga União Soviética.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta sexta-feira, 30, que não expulsará nenhum diplomata americano do país, apesar das sanções impostas no dia anterior pelos EUA devido à suposta ingerência russa nas eleições presidenciais.
Com informações da Agência Reuters.