Estreia na próxima sexta-feira, 9 de outubro, Run Boy Run (Memesha Films), novo drama de guerra do diretor alemão, Pepe Danquart. O longa conta a história de Srulik, um menino de oito anos de idade que foge do gueto de Varsóvia, em 1942. Ele tenta sobreviver, num primeiro momento, sozinho na floresta. Em seguida, como um órfão cristão, chamado Jurek, em uma fazenda de um polonês. Ao longo de sua provação, sua identidade judaica é quase apagada.
A história é baseada no best-seller do autor israelense Uri Orlev. No elenco estão os gêmeos Andrzej Tkacz e Kamil Tkacz, Itay Tiran, Jeanette Hain, Rainer Bock, entre outros. O roteiro foi escrito por Heinrich Hadding com a colaboração de Pepe. Tive a oportunidade de conversar com Yoram Friedman, o sobrevivente na qual o filme e o livro são baseados. Uma história comovente que vale a pena assistir! Run Boy Run estreia nas seguintes salas: Cinema Paradiso-Hollywood, The Last Picture Show em Tamarac, Living Room Theaters (Boca Raton), Movies of Delray e Movies of Lake Worth. Vamos conferir trechos da entrevista. #RunBoyRun
Jana - Como é a sensação de ter a sua própria história contada em um filme?
Yoram -
Incrível, emocionante e extremamente comovente. É um privilégio ter a minha própria história na tela grande, sabendo que pessoas do mundo todo assistirão, sabendo que será um legado por muito tempo, mesmo depois de não estar mais aqui. Para minha família, foi uma oportunidade única de me ver como uma criança, não apenas ouvir a história, mas ver o seu pai e seu avô como criança – eles chegaram bem perto da minha realidade dessa maneira.Jana – Assistindo ao filme, eu vi que você sofreu muito. Esses sentimentos ainda estão presentes. Quanto você aprendeu com essa situação para viver sua vida?
Yoram -
Esta é a minha vida, parte de quem eu sou - será para sempre. Eu vivo uma vida normal, agora estou aposentado, mas eu era professor de matemática. Eu tenho a minha família e amigos, e eu vivo uma vida plena e feliz. Mas, eu ainda tenho pesadelos, quase todas as noites, minha esposa diz que eu grito quando eu durmo. Tenho momentos, durante o dia, que eu me lembro; volto no tempo e lembro de tudo. Mas a coisa mais importante que eu aprendi nesse período negro é nunca desistir; o poder da vida é o poder mais forte de todos. Eu nunca vou desistir, eu sempre lembrarei. Às vezes fico triste, mas quando eu olho ao meu redor e vejo minha família maravilhosa, eu sei que eu venci.Jana - Como foi a colaboração com o diretor Pepe Danquart?
Yoram
- Foi excelente - embora nós não falamos a mesma língua, conectamos imediatamente com a ajuda da minha família e outros membros da equipe. Pepe fez um grande trabalho, um belo filme que permanece fiel à realidade e está mostrando todos os lados da vida - o mal e o bem.Jana - Você também colaborou com o autor israelense Uri Orlev?
Yoram
- Sim, quando Uri estava escrevendo o livro. Quanto ao filme, nós nos reencontramos na estreia em Varsóvia. Ainda estamos em contato e falamos sobre o livro e o filme ao redor do mundo.Jana - O filme é fiel a sua história? Há alguma parte que você mudaria?
Yoram
- É tão real quanto ele pode ser com algumas adaptações para o cinema. Eu não mudaria nada. Eu acho que pelo fato de ter sido feito por um diretor e equipe alemãs, deu a autenticidade que ninguém mais teria dado. Não estavam tentando ser “agradáveis”, deu vida a uma verdadeira história de dor, medo, esperança e triunfo.Jana - Na sua opinião, qual é a mensagem que esta história vai trazer para o público?
Yoram
- Nunca desistir e saber que sempre haverá pessoas boas ao seu redor quando você mais precisar. Desenvoltura é a palavra chave; ser criativo, você pode sempre encontrar uma solução para qualquer problema. Abrace a vida e acredite em si mesmo.____________________________________________________________
ESTREIAS DA SEMANA
Pan (Warner Bros.)
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The Walk (TrisStar Pictures)
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Ladrones (Pantelion Films)
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Knock Knock (Lionsgate)
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Big Stone Gap (Picturehouse)
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Lançamento em DVD
Ardor (Lionsgate)