Os republicanos retiraram de apreciação sua proposta para reforma da saúde que tentariam aprovar no Congresso em substituição ao Obamacare, nesta sexta-feira, 24.
Faltando poucas horas para a votação, o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, chegou a ir à Casa Branca para informar Trump de que não haveria votos suficientes para a aprovação e assim tomarem uma decisão conjunta sobre realizar a votação ou descartar as negociações acerca da proposta apresentada.
Nos bastidores, conservadores e moderados dentro do próprio Partido Republicano não entravam em consenso. “Da maneira como andava a negociação em torno do projeto, antevia-se uma derrota da proposta no Congresso”, escreveu o The New York Times.
O grupo ultraconservador da Câmara defende menos regulamentações e que os cidadãos sejam capazes de escolher quais os cuidados médicos serão cobertos por seus planos de saúde.
A votação da reforma de saúde foi cancelada perante os receios de que não seria aprovada pela maioria republicana da Câmara dos Representantes.Seriam necessários 216 votos para aprovação da proposta.
Trump prometeu desde sua campanha derrubar o Obamacare e substituí-lo, por considerá-lo muito caro e coercitivo. A nova lei proposta manteria subsídios do governo a apenas alguns setores da população e tiraria a multa a quem não tiver plano de saúde. A desaprovação da nova proposta deve-se aos mais conservadores do Partido Republicano que não aceitam nenhum tipo de subsídio. Estima-se que o atual plano republicano, se aprovado, pode deixar 14 milhões sem seguro saúde em um ano.
O líder republicano indicou que o Obamacare continuará em vigor no futuro próximo.
Trata-se da primeira grande batalha e primeira grande derrota do novo governo americano no Legislativo, aponta a mídia americana.
Com informações do The New York Times.
