Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), comparando o período de janeiro a agosto de 2010, com o mesmo período em 2009, o Brasil passou a ter 85 % focos de incêndio a mais. Em 2010, o país registrou mais de 25.999 pontos de queimadas. Em 2009, foram registrados 14.019.
Nesse período estudado, o estado do Mato Grosso foi o recordista com 6.693 pontos, o estado de Tocantins ficou em segundo, com 4.210 pontos de incêndios. Só no mês de agosto de 2010, o Brasil somou 7.093 pontos de incêndios.
Em períodos de clima seco no inverno, há uma maior possibilidade de um pequeno foco de queimada se alastrar rapidamente. No inverno, o clima seco incide em muitas regiões do Centro-Oeste, Sudeste, Sul da região Norte e no interior do Nordeste.
Em agosto de 2010, cinco estados da região amazônica e do Centro- Oeste registraram 13.000 focos de incêndios. No mês de setembro de 2010, um mês depois dos estudos anteriores publicados pelo INPE, segundo a mesma instituição, no início do mês, 1.913 focos de incêndios florestais continuavam queimando diversas regiões do Brasil. De janeiro a setembro de 2010, o INPE havia registrado um total de 49.427 pontos de incêndio, 161 % acima dos números registrados no mesmo período em 2009.
CausasAs principais causas desses incêndios que se alastraram pelo Brasil estão relacionadas com as condições severas de clima seco, umidade relativa em torno dos 20% e as altas temperaturas, principalmente na região central do Brasil, essas causas provocaram condições favoráveis aos incêndios acidentais e às queimadas ilegais nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sudeste e interior do Nordeste.
Além dos fatores climáticos e das queimadas ilegais, a dinâmica agrícola também pode ser responsabilizada no contexto do novo código florestal brasileiro que deixa brechas de dúvidas no seu entendimento à proteção real do meio ambiente.
Fernando Rebouças é desenhista e escritor. Formado em propaganda e marketing; pós-graduando em produção editorial. Site: www.oiarte.com