Já faz tempo que as diferentes características de cada hemisfério cerebral foram descobertas e têm sido estudadas para explicar as diferenças de comportamento entre as pessoas e ajudá-las a buscar um equilíbrio para poderem viver melhor. Mas, na prática, as faculdades mentais parecem se resumir às propriedades de cada hemisfério cerebral. Na vida diária, é preciso ter um ?jogo de cintura? maior que o simples equilíbrio entre o esquerdo e o direito!
Estamos na era da informação. O nosso equilíbrio depende da capacidade de processamento dos dados que nos chegam das mais diversas fontes, pedindo soluções, providências, planejamentos... Sem saber analisar, organizar, avaliar e aplicar as informações, acabamos trabalhando com o potencial reduzido.
O que precisamos para lidar com o volume de informação que recebemos a cada momento vai além das propriedades dos lados direito e esquerdo do cérebro. É por isso que temos quatro cérebros! Talvez fosse mais correto dizer ?quatro quadrantes cerebrais?, mas isso daria uma idéia muito limitada do potencial de cada um. Há quem use um único quadrante como se fosse o cérebro inteiro. Quem faz isso deixa muito a desejar, e se não começar a desenvolver suas outras potencialidades, sofrerá para sempre as limitações de ter um único cérebro.
Assim como existe a predominância de um ou outro hemisfério cerebral, também existe a predominância de um ou outro quadrante, em graus variados.
Organizando as partes
Os quatro quadrantes cerebrais são formados pela intersecção dos hemisférios direito e esquerdo, com as partes anterior e posterior do cérebro. Assim, temos: hemisfério direito anterior (HDA), hemisfério direito posterior (HDP), hemisfério esquerdo anterior (HEA) e hemisfério esquerdo posterior (HEP). Essa divisão do cérebro em quatro partes permite definir com muita precisão as características determinadas pela predominância de cada uma delas; mas as características do quadrante cerebral dominante não são as únicas de que uma pessoa dispõe: são, apenas, as dominantes.
Mais sobre você
Se, às vezes, você acha que está vivendo uma seqüência de acontecimentos em que só se modificam personagens e cenário, saiba que isso é comum em pessoas que funcionam basicamente com um único quadrante do cérebro. As propriedades de cada quadrante são limitadas. É como se cada um contivesse um enredo completo que, no fim ou perto do fim, recomeça e se repete. Entretanto, quando integrados, os quatro quadrantes se complementam e se ajudam, e a continuidade do enredo iniciado por determinado quadrante pode se modificar e melhorar pelo acréscimo de elementos otimizadores. A identificação do quadrante dominante é importante para sabermos o tipo de mudança que precisamos fazer em nossas vidas, os recursos de que dispomos e os pontos que, para deslanchar, precisam de mais energia mental e inteligência.