A administração do presidente Donald Trump tem trabalhado em conjunto com dois senadores republicanos no projeto de lei “RAISE Act"- que visa dar prioridade às habilidades e empregabilidade em vez de laços familiares em imigração para o país.
A versão original do projeto de autoria dos senadores republicanos Tom Cotton (Arkansas) e David Perdue (Geórgia), reduz o que é conhecido como "migração em cadeia", formas atuais de imigrar para os Estados Unidos atualmente baseadas em ligações familiares e não em habilidades.
O projeto de lei limitaria os tipos de familiares de imigrantes que também podem ser trazidos para os EUA, como cônjuges e filhos menores, e eliminaria a loteria de vistos baseados na diversidade internacional e também limitaria o número de admissões anuais de refugiados.
Segundo o escritório dos dois senadores, o presidente apoia o projeto e acredita que o país deve ter mesmo um sistema de imigração baseado em mérito, o que melhoraria a política de imigração com o que é bom para os trabalhadores e contribuintes americanos, o principal objetivo do atual governo e a força motriz por trás das negociações com o Congresso e os senadores.
É um princípio básico que aqueles que buscam entrar em um país devem ser capazes de sustentar a si mesmos financeiramente, mas na América não aplicamos essa regra, estressando os recursos públicos dos quais nossos cidadãos mais pobres dependem", defendeu Trump tão logo assumiu a presidência.
Apresentado em fevereiro, o projeto de lei ainda está longe de ser votado em potencial pelo Congresso, por ser encarado com receio por alguns republicanos, que temem que a mudança prejudique a economia, ao excluir os imigrantes de menor escolaridade que preenchem trabalhos vitais, como trabalhadores rurais e de cozinha. O projeto deverá sofrer alterações para ser reapresentado em breve.
Imigração em números
Em matéria divulgada pelo The New York Times em março deste ano, dos mais de 1 milhão de residentes permanentes legais admitidos no ano de 2014, 64% eram parentes de primeiro grau de cidadãos americanos ou eram patrocinados por familiares; 15% receberam preferência baseada em emprego e 13% vieram com status de refugiado e asilo, segundo dados do Instituto de Políticas de Migração. Outros 5% dos imigrantes foram admitidos por meio da loteria de diversidade do Departamento de Estado - um programa que concede residência permanente a pessoas de países com baixos índices de imigração aos Estados Unidos.
Na última semana, Trump voltou a falar sobre o desejo de uma reforma abrangente da imigração. “O que eu gostaria de fazer é um plano abrangente de imigração. Mas nosso país e forças políticas ainda não estão prontos", disse.
Com informações da CNN.