Além de aderir aos Brics - grupo que reúne os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, o Egito quer seguir os passos do Brasil na luta contra a pobreza. Segundo o presidente egípcio, Mohamed Mursi, que está em terras brasileiras desde o dia 7, o Brasil tem uma “grande experiência nos campos da justiça social e da mudança democrática”, algo que, em sua opinião, é muito aproveitável para o Egito. As informações são da agência “EFE”.
“Quero criar uma ponte verdadeira de cooperação entre o Egito e a América Latina, e, com o seu líder, o Brasil”, explicou Mursi, que assegurou ser consciente da importância que essas relações terão para o seu país no futuro.
Mursi relatou que, desde que presidia o Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço político da Irmandade Muçulmana), deu enfoque especial em cultivar seus vínculos com a diplomacia latino-americana.
Apesar de ter reconhecido que o nível dos vínculos comerciais entre Egito e Brasil ainda é “baixo”, o presidente egípcio prevê que o volume das trocas entre os dois países aumentará nos próximos anos. Por isso, expressou o desejo de abrir as oportunidades de investimento aos empresários brasileiros nos setores de produção energética, energia renovável e mineração.
Mursi assegurou que essa relação bilateral representa para ele “um dos eixos do investimento e da promoção do desenvolvimento no Egito, graças ao aproveitamento das experiências dos demais”.
O Egito atravessa uma grave crise econômica desde a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, que se viu agravada pela contínua instabilidade política e a violência vividas durante a transição.