Para o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, Jamal Khashoggi morreu em consequência de um brutal assassinato premeditado.
Em discurso esperado com alta expectativa, o governo turco rejeitou a alegação da Arábia Saudita de que o jornalista foi morto acidentalmente, como resultado de uma briga.
Erdogan convocou os criminosos a serem levados à justiça em Istambul e questionou se as Convenções de Viena, que dão imunidade ao pessoal diplomático, se aplicam neste caso.
Foi a primeira vez que qualquer autoridade na Turquia descreveu publicamente a alegação turca de que Khashoggi foi morto por um esquadrão da Arábia Saudita.
Mas Erdogan ofereceu poucos detalhes além daqueles revelados pelas autoridades turcas.
"As informações obtidas até agora e as evidências encontradas mostram que Khashoggi foi assassinado de maneira feroz", disse Erdogan a parlamentares em Ancara.
Entre os novos detalhes revelados por Erdogan havia uma alegação de que, no dia anterior à morte de Khashoggi, uma equipe consular executou uma missão de reconhecimento em dois locais distintos em Belgrad Forest, nos arredores de Istambul, e em Yalova, uma cidade 90 quilômetros ao sul da cidade.
Ele citou as informações públicas de que um grupo de 15 pessoas chegou a Istambul, dizendo que uma equipe de três pessoas chegou em um jato particular no dia anterior à morte de Khashoggi, e que duas equipes de nove e três pessoas- a equipe maior, incluindo " generais "- chegaram no mesmo dia.
Horas antes de Khashoggi chegar para obter documentos para se casar com sua noiva, câmeras de segurança foram desconectadas, segundo afirma Erdogan.