Brasileiros no DACA
O consulado do Brasil em Miami estima que mais de 5 mil brasileiros participem do programa, mas esse número deve ser bem maior uma vez que nem todos falam que estão no programa. Para a advogada de imigração, Flavia Rocha Moody, “infelizmente, o futuro desses jovens é incerto. O Congresso e o Senado precisam votar uma lei que impeça a deportação desses milhares de jovens”, disse. A paraense Emilly de Souza, 21 anos, inscrita no DACA há quase 5 anos, considera o programa uma das melhores coisas que já foi feita pelos jovens imigrantes nos Estados Unidos e vê seu encerramento como um pesadelo e um retrocesso. “Com o DACA, não somente eu, mas vários outros jovens, podemos pensar em ter uma carreira e uma vida melhor nos Estados Unidos. O fim dele é um pesadelo pra nós porque agora vamos ter que praticamente recomeçar do zero. Tudo o que já conquistamos até aqui, como por exemplo, os cursos e os direitos, vamos perder”, relata. A jovem está no segundo ano do curso de Criminal Justice na Banker Hill Community College em Charlestown (MA) e diz que conseguiu o estudo graças ao programa. Outro brasileiro “dreamer” é o Thiago, de 28 anos, que mora em Lauderhill (FL) e ajudou até a comprar a casa onde mora com os pais por causa do trabalho e crédito que conseguiu graças ao programa. Thiago foi um dos primeiros a receber autorização para o DACA. Inscrito desde novembro de 2012, assim que Obama assinou a ordem executiva, o jovem realizou sonhos que não conseguiria como imigrante.