O presidente Donald Trump assinou decretos que permitem o “alívio das limitações quantitativas” das importações de aço e alumínio de vários países e a expectativa é que a medida favoreça também o Brasil. O documento foi publicado no dia 29 de agosto no site oficial da Casa Branca intitulado "Presidential Proclamation Adjusting Imports of Steel into the United States" - (Proclamação presidencial ajustando as importações de aço nos Estados Unidos)- detalha os procedimentos e algumas mudanças. No documento, o presidente alega questões de segurança nacional para as alterações realizadas. “À luz de minhas determinações, considerei ser necessário e apropriado, diante dos nossos interesses de segurança nacional, fazer quaisquer ajustes correspondentes à tarifa e às cotas impostas pelas proclamações anteriores”, justificou. Pelas novas normas, companhias norte-americanas que negociarem aço do Brasil não vão precisar pagar 25% a mais sobre o preço original desde que provem que há ausência de matéria-prima no mercado interno. Desde o início do mandato de Trump, os Estados Unidos e a China travam uma intensa guerra comercial com impactos nas negociações globais, sendo que o aço também está no centro da disputa. No começo do ano, Trump impôs tarifa de importação de 25% ao aço e 10% ao alumínio e a China ameaçou retaliação. Na época do anúncio, diversos países se manifestaram e a indústria brasileira reagiu à decisão do governo norte-americano informando que não havia justificativa legal. O Brasil é o segundo maior mercado exportador de aço e ferro para os Estados Unidos. As mudanças por parte do governo do Trump resultam da pressão interna dos empresários norte-americanos, informando que os percentuais de importação prejudicavam a economia. No decreto, Trump diz também que as motivações para adotar as medidas “à luz destas circunstâncias e depois de considerar o impacto sobre a economia e os objetivos de segurança nacional”.