Pode-se perguntar o que têm em comum os tetos, as bandejas de comida, as áreas de jogos, os uniformes e os ônibus escolares.A resposta é que foram mencionados como possível fonte de renda para o depauperado distrito escolar do Condado de Broward.
Enquanto as companhias de ônibus escolares funcionaram durante anos sem propaganda, agora a Junta Escolar pede um pouco mais de atenção com o assunto.
O Ok de Broward para os subsídio empresariais têm ocasionado críticas por parte de alguns ativistas escolares e grupos nacionais, que têm expressado sua preocupação com o consumismo das crianças.
“Que será que vem depois?”, perguntou Cherry Mason, ex -diretora da Escola Primária Pines Lakes Elementary, “mensagens comerciais escritas nos rolos de papel higiênico?”
Ela acha que o distrito escolar está indo longe demais.
“Será que vão permitir que sejam criados espaços de anúncios publicitários dentro das salas de aula?”.
Os professores, entretanto, dizem que não têm a menor intenção de deixar que isso aconteça. A diretora de Participação Comunitária, Merrie Meyers-Kershaw comentou que a programação do canal de televisão Channel One foi recusada por que havia demasiado uso da publicidade em programas ditos culturais.
Em relação aos anúncios nos ônibus escolares, ela comentou que entendia isso como patrocínio, não como propaganda, já que as escolas precisam de dinheiro.
De qualquer forma, trata-se de colocar o nome de uma empresa na frente dos estudantes, com a aprovação implícita das escolas públicas.
Alex Molnar, professor de política de educação e diretor de Comercialismo na Unidade de Investigações sobre a Educação, da Universidade do Arizona, disse que “fazer publicidade nas escolas pode implicar em aumento no consumo de alimentos mais açucarados e gordurosos e de bebidas que não deveriam estar sendo anunciadas tão acintosamente”. Ele também comentou que não se deve anunciar nada que seja negativo para os alunos, e em último lugar, as escolas não deveriam anunciar produtos dirigidos às crianças.