Os porto-riquenhos decidiram em votação se tornar o 51º estado no domingo, 11. De acordo com os resultados iniciais em um site do governo, o estado conseguiu 97% de apoio, porém, o referendo foi largamente boicotado pela oposição e registrou uma baixa participação: apenas 22,7% dos 2,2 milhões de cidadãos com direito de voto foram às urnas.
Os eleitores escolheram entre três opções: Estado, independência ou a continuação do seu status atual como território. Se os eleitores apoiassem fortemente o Estado, Puerto Rico precisaria solicitar ao Congresso a admissão como um Estado.
O governador de Porto Rico, Ricardo Rousselló Nevares, prometeu defender em Washington e nos fóruns internacionais a vontade dos eleitores.
Entre as razões que levaram à escolha de passar a ser um estado dos EUA, está a grave crise econômica que Porto Rico atravessa há mais de uma década. A ilha vivia das grandes empresas atraídas por isenções fiscais, mas esses benefícios foram abolidos em 2006, dando início à queda livre da economia local.
Hoje, 46% dos seus 3,5 milhões de habitantes vivem na pobreza. A ilha enfrenta uma dívida de mais de 70 bilhões de dólares que não pode honrar, o que resultou em maio na maior quebra econômica de uma entidade pública americana.
A ilha era uma antiga colônia espanhola que se tornou território norte-americano no final do século XIX. Em 1952, Washington lhe conferiu o status de "Estado livre associado", o que dá alguns direitos para seus habitantes, como a cidadania americana e a liberdade de movimento no território norte-americano, além de alguma autonomia, mas não podem votar em eleições presidenciais, a menos que residam no continente.
Com informações da Reuters.