Pesquisa CNT/MDA: Dilma lidera com 38% e encosta em Marina no 2º turno
A presidente Dilma Rousseff (PT) tem se aproximado da ex-senadora Marina Silva (PSB) em um eventual segundo turno da eleição presidencial de outubro. Segundo pesquisa CNT/MDA, divulgada no dia 9, as duas candidatas estão em empate técnico, com 42,7% e 45,5%, respectivamente. Em levantamento anterior, do dia 27 de agosto, Dilma tinha 37,8% contra 43,7% de Marina em um eventual segundo turno.
Já no primeiro turno, a candidata à reeleição manteve a liderança nas intenções de voto com 38,1% (antes com 34,2%), enquanto Marina subiu para 33,5% (antes com 28,2%). O candidato do PSDB, Aécio Neves, aparece em terceiro, com 14,7% (antes com 16%).
Em simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a presidente ganharia com 47,5% ante 33,7% do tucano, segundo a pesquisa. Em um segundo turno disputado entre Marina e Aécio, a ex-ministra venceria com 52,2%, contra 26,7% do tucano.
Rejeição
No quesito rejeição, a pesquisa se mostrou especialmente ruim para o tucano Aécio Neves: 43,5% dos entrevistados dizem que não votariam no tucano de jeito nenhum. Na pesquisa anterior, no fim de agosto, o índice era de 40,4%.
A rejeição à presidente permanece alta, em 41,7%, mas caiu em relação à pesquisa passada, quando 45,5% diziam que não votariam na petista. Marina Silva continua com a menor rejeição entre os três primeiros colocados: 31% dos entrevistados dizem que não votariam nela de jeito nenhum, contra 29,3% no levantamento do fim de agosto.
Para a pesquisa, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 cidades das cinco regiões do país, entre os dias 5 e 7 de setembro, segundo a CNT. Fonte: R7.
Entrada de Marina na corrida presidencial foi benéfica, diz 'Financial Times'
Para o “Financial Times”, a ascensão da candidata Marina Silva refletida nas pesquisas relativas à eleição presidencial de outubro aponta para um profundo desejo de mudanças. O jornal, em matéria publicada no dia 9, destaca que mesmo que Marina não ganhe as eleições, a entrada da candidata na corrida eleitoral teria melhorado as eleições, fazendo com até mesmo a candidata Dilma Rousseff (PT) já começasse a abraçar a ideia de necessidade de mudanças, prometendo também um novo governo caso seja reeleita.
De acordo com o “Financial Times”, o PT perdeu grande parte do apoio anterior, contudo, a situação de Dilma não pode ser ignorada: mantém um bloco sólido de apoio entre os mais pobres no Brasil. Além disso, existe a estatística de que nenhum presidente latino-americano que se candidatou à reeleição na última década perdeu.
Lei da Ficha Limpa barra 240 candidatos
Pelo menos 240 candidatos que disputam as eleições de outubro foram barrados até o momento com base na Lei da Ficha Limpa, segundo balanço feito pela Procuradoria Geral Eleitoral. Além dos que foram considerados inelegíveis pela Justiça eleitoral até agora, 50 abandonaram a disputa após a contestação do Ministério Público Eleitoral. Porém, na maioria dos casos, os candidatos continuam fazendo campanha mesmo com a posição contrária da Justiça eleitoral.
De acordo com a Lei da Ficha Limpa, ficam inelegíveis os candidatos que tiverem suas contas rejeitadas por ato intencional (ou “doloso”) de improbidade administrativa quando exerciam cargos ou funções públicas, ou que foram condenados por determinados crimes em órgãos colegiados. Fonte: Congresso em Foco e O Globo.