Devido ao conflito na Síria e no Iraque, o número de pessoas que pedem asilo em países industrializados aumentou 24% no primeiro semestre de 2014. Dois terços dos solicitantes foram registrados em seis países: Alemanha (65.659), Estados Unidos (52.835), França (29.009), Suécia (28.511), Turquia (27.729) e Itália (24.481), de acordo com a Agência das Nações Unidas para is Refugiados (Acnur). Cerca de 330.700 pessoas pediram asilo a um país industrializado entre janeiro e junho de 2014, ou seja, 24% a mais do que no mesmo período do ano passado, indica o relatório do Acnur baseado em dados apresentados por 44 países industrializados. Os 28 países da União Europeia registraram um aumento de 23% (216.300 pedidos), especialmente no sul da Europa. Os sírios, cujo país está devastado por uma guerra civil que já dura três anos e meio, continuam a ser os mais numerosos requerentes de asilo (48.400 pedidos), seguidos por iraquianos (21.300), fugindo da violência dos jihadistas. Além disso, os afegãos (19.300) e eritreus (18.900) são outros grandes imigrantes por causa da instabilidade em seus países, de acordo com o Acnur. O número de solicitantes de asilo nos países industrializados em 2014 pode chegar a seu nível mais alto em 20 anos, desde as guerras na ex-Iugoslávia, de acordo com previsões da agência da ONU, que espera cerca de 700 mil pedidos devido a “multiplicação dos conflitos no mundo”. “O sistema humanitário global enfrenta grandes dificuldades”, declara em um comunicado o alto comissário para os refugiados, António Guterres, que instou os governos dos países industrializados a explicar aos seus cidadãos que o número de candidatos aumentará caso tais conflitos não sejam resolvidos. Os requerentes de asilo representam, no entanto, uma pequena proporção das pessoas forçadas a fugir de suas casas por causa da guerra, da violência e outros conflitos.