ONU rejeita pedido da Rússia de condenar EUA pelo ataque à Síria
Por Arlaine Castro
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas rejeitou neste sábado, 14, a resolução russa que pediauma condenação aos EUA e aliados dos ataques à Síria por considerar uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas. As informações são da agência Efe e Reuters. Apenas a Rússia, a China e a Bolívia votaram a favor do projeto de resolução. Oito países votaram contra a proposta, enquanto quatro se abstiveram. Com votos insuficientes, o Conselho de Segurança optou por não considerar o pedido. Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU precisa de nove votos a favor e nenhum veto pela Rússia, China, França, Reino Unido ou Estados Unidos para ser aprovada. “Missão Cumprida”: diz Trump depois dos 105 mísseis lançados na Síria A Rússia pedia ainda na resolução que as três nações que orquestraram o ataque: França, Reino Unido e Estados Unidos, evitassem no futuro o uso da força contra o regime de Bashar al-Assad. No total, 105 mísseis foram lançados contra os três alvos na Síria, segundo o Pentágono. Neste sábado, 14, o Exército sírio informou que a ação deixou três civis feridosapós alguns mísseis que estavam indo para uma posição militar em Homs serem desviados de sua trajetória. O Pentágono alega que os alvos eram locais de fabricação de armas químicas e não há vítimas. A ofensiva dos Estados Unidos e aliados foi orquestradaapós controvérsias envolvendo o uso de armas químicasna Síria. Opositores sírios, agentes humanitários e paramédicosalegam que mais de 40 pessoas foram mortasno dia 7 de abril em um ataque químico em Douma, cidade controlada por rebeldes na região de Ghouta Oriental, na periferia de Damasco, a capital da Síria. Por isso, de acordo com os EUA e aliados, a ação teve por dentre seus alvos centros de pesquisa relacionados à produção desses armamentos. Tanto a Síria como seus aliados negam as ofensivas com armas químicas. A Rússia diz que argumento do uso de armas químicas é um enredo "pré-programado".