Onda de calor pode atingir 48ºC na Europa
Nos Estados Unidos, os últimos 12 meses foram os mais chuvosos já registrados, com grandes áreas paralisadas por chuvas contínuas e inundações. De acordo com as novas descobertas, a chance de períodos quentes prolongarem-se por mais de duas semanas em um mundo 2ºC mais quente aumentará em 4% em relação a hoje, com aumentos ainda maiores no leste da América do Norte, na Europa central e no norte da Ásia. Condições similares à seca com mais de 14 dias de duração se tornarão 10% mais prováveis na região central da América do Norte. Uma prévia do cenário deste estudo alemão foi sentida nos últimos meses de junho e julho europeus. Pelo menos oito países quebraram a máxima histórica neste verão: Reino Unido (38,7ºC), Alemanha (41,7ºC), Bélgica (41,8ºC), França (45,9ºC), Luxemburgo (40,8ºC), Países Baixos (40,7ºC), Holanda (40,4ºC) e Escócia (31,6º). Portugal teve a temperatura mais alta registrada em 26 verões. Em Lisboa, foram 44ºC. Em Alvega, no distrito de Santarém, os termômetros chegaram a marcar 46,8ºC.Aquecimento global
As emissões de gás carbônico bateram recorde em 2018, na contramão das metas internacionais para diminuir a temperatura da Terra. A Sociedade Americana de Meteorologia mostra que a liberação de gás carbônico e outros gases, como metano e dióxido nitroso, continua aumentando. A consequência: um efeito de aquecimento 43% maior do que em 1990. Além da emissão de gases poluentes, há o efeito cascata, causado pelo degelo das calotas polares. Elas diminuem de tamanho devido ao calor e refletem menos a radiação solar. Metade das geleiras do Patrimônio Mundial das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) podem desaparecer. Documento publicado em abril deste ano prevê que até 21 das 46 geleiras terão desaparecido em 2100, se o nível de emissões permanecer o mesmo. Entram na lista Parque Nacional de Monte Perdido, nos Pireneus (Espanha e França); Parque das Geleiras na Argentina; e outros populares destinos naturais como os Alpes, as Montanhas Rochosas (Estados Unidos e Canadá) e o Himalaia (Nepal). Com informações do jornal RTP e G1.