O presidente Barack Obama acusou os republicanos de estarem cometendo suicídio político ao se recusarem a agir em favor da reforma imigratória e reiterou sua intenção de agir por conta própria, após as eleições do dia 4 de novembro.
A afirmação foi durante a viagem de dois dias que ele realizou na costa oeste do país, na semana passada, para angariar fundos de campanha e apoio para candidatos democratas em Los Angeles.
Em discurso para grandes executivos do segmento tecnológico, o presidente atacou seus oponentes e destacou que não pretende deixar os republicanos assumirem a maioria no Senado norte-americano. Sobre o tema imigração, o presidente disse que vai prosseguir com seus planos de fazer o que pode, dentro dos seus poderes constitucionais, para ajudar aos imigrantes indocumentados do país.
Especificamente, adiantou que pretende mudar o sistema de visto H1B, para torná-lo mais eficiente e encorajar os trabalhadores habilitados a não terem que deixar o país.
Ele disse acreditar que a omissão dos republicanos quanto à reforma imigratória irá prejudicá-los politicamente com a rejeição dos eleitores.
“Se eles estavam pensando a longo prazo politicamente, é suicídio para eles não fazer isso (aprovar a reforma), porque a demografia do país mostra que eles vão perder toda uma geração de imigrantes (como eleitores)” que sentem como se o Partido Republicano “não se importasse com eles”, afirmou Obama.
Comunidade latina cobra atitudes e não discurso
Uma semana antes, defensores de direitos dos imigrantes acusaram o presidente de estar fazendo discursos vazios e cobrou do mandatário mais ações e menos retórica. Obama rebateu dizendo que entende a grande frustração da comunidade hispânica e disse que não sossegará até conseguir que o Congresso aprove uma reforma ampla. Mas pediu, mais uma vez, um voto de confiança na sua palavra ao afirmar que agiria em favor dos imigrantes em novembro. “Sigam acreditando”, afirmou durante a 37ª reunião anual do CHCI - Congressional Hispanic Caucus Institute.